São Paulo, sábado, 01 de abril de 2006

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ENTRETENIMENTO

Mercado digital cresceu de US$ 400 mi para US$ 1,1 bi, mas expansão não compensou perdas com pirataria

Vendas de música recuam 3% em 2005

ANTHONY DIPAOLA
BLOOMBERG

A receita mundial gerada pela comercialização de gravações fonográficas caiu 3% no ano passado. Os consumidores compraram menos CDs, enquanto as vendas de CDs piratas e a realização de downloads não-autorizados ultrapassaram o ganho com as compras on-line, disse o grupo de pesquisa da Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI, pelas iniciais em inglês) em comunicado divulgado ontem.
Em 2005, o mercado mundial de gravações fonográficas movimentou US$ 33 bilhões. As gravadoras faturaram US$ 21 bilhões em receita com operações comerciais em 2005, disse o grupo.
As vendas de música digital quase triplicaram de valor, uma vez que os consumidores compraram mais canções pela internet e baixaram mais faixas para telefones celulares, disse a IFPI. As gravadoras elevaram sua receita referente a operações comerciais gerada pela venda de música digital para US$ 1,1 bilhão, a partir dos US$ 400 milhões em 2004.
Empresas como a Universal Music Group, da Vivendi Universal, a Sony BMG Music Entertainment e o EMI Group Plc contam cada vez mais com as vendas de música digital para fazer frente à queda da receita gerada pela venda de CDs. As vendas de música digital e as aquisições de faixas por meio de telefones celulares estão crescendo rapidamente, disse John Kenney, presidente do conselho administrativo da IFPI.
"O mercado mundial de música está se tornando rapidamente uma economia heterogênea devido à maneira com que os fãs e consumidores compram suas músicas", disse Kennedy. "As vendas físicas de músicas caíram devido a uma série de motivos, entre os quais a pirataria digital e física, a concorrência de outros produtos de entretenimento e a migração dos gastos dos consumidores para compras on-line e pelo telefone celular."
As vendas de música digital por meio da internet e de telefones celulares deverão aumentar novamente neste ano, disse o grupo. As empresas estão desenvolvendo maneiras mais sofisticadas para vender canções aos usuários por meio de telefones celulares.
Os consumidores baixaram principalmente "ring tones" (sons de chamada para telefone celular) e faixas isoladas para seus celulares, disse a IFPI. Este é o primeiro ano em que a instituição divulgou dados de vendas digitais individualizados.
O Universal é o líder mundial em vendas de gravações fonográficas, seguido pela Sony BMG, uma joint-venture entre a japonesa Sony e a alemã Bertelsmann.


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