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ENTRETENIMENTO
Mercado digital cresceu de US$ 400 mi para US$ 1,1 bi, mas expansão não compensou perdas com pirataria
Vendas de música recuam 3% em 2005
ANTHONY DIPAOLA
BLOOMBERG
A receita mundial gerada pela
comercialização de gravações fonográficas caiu 3% no ano passado. Os consumidores compraram
menos CDs, enquanto as vendas
de CDs piratas e a realização de
downloads não-autorizados ultrapassaram o ganho com as
compras on-line, disse o grupo de
pesquisa da Federação Internacional da Indústria Fonográfica
(IFPI, pelas iniciais em inglês) em
comunicado divulgado ontem.
Em 2005, o mercado mundial de
gravações fonográficas movimentou US$ 33 bilhões. As gravadoras faturaram US$ 21 bilhões
em receita com operações comerciais em 2005, disse o grupo.
As vendas de música digital
quase triplicaram de valor, uma
vez que os consumidores compraram mais canções pela internet e baixaram mais faixas para
telefones celulares, disse a IFPI.
As gravadoras elevaram sua receita referente a operações comerciais gerada pela venda de música
digital para US$ 1,1 bilhão, a partir
dos US$ 400 milhões em 2004.
Empresas como a Universal
Music Group, da Vivendi Universal, a Sony BMG Music Entertainment e o EMI Group Plc contam
cada vez mais com as vendas de
música digital para fazer frente à
queda da receita gerada pela venda de CDs. As vendas de música
digital e as aquisições de faixas
por meio de telefones celulares estão crescendo rapidamente, disse
John Kenney, presidente do conselho administrativo da IFPI.
"O mercado mundial de música
está se tornando rapidamente
uma economia heterogênea devido à maneira com que os fãs e
consumidores compram suas
músicas", disse Kennedy. "As
vendas físicas de músicas caíram
devido a uma série de motivos,
entre os quais a pirataria digital e
física, a concorrência de outros
produtos de entretenimento e a
migração dos gastos dos consumidores para compras on-line e
pelo telefone celular."
As vendas de música digital por
meio da internet e de telefones celulares deverão aumentar novamente neste ano, disse o grupo.
As empresas estão desenvolvendo
maneiras mais sofisticadas para
vender canções aos usuários por
meio de telefones celulares.
Os consumidores baixaram
principalmente "ring tones"
(sons de chamada para telefone
celular) e faixas isoladas para seus
celulares, disse a IFPI. Este é o primeiro ano em que a instituição divulgou dados de vendas digitais
individualizados.
O Universal é o líder mundial
em vendas de gravações fonográficas, seguido pela Sony BMG,
uma joint-venture entre a japonesa Sony e a alemã Bertelsmann.
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