São Paulo, quarta-feira, 01 de abril de 2009

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MONTADORAS

Peugeot demite 250 no Rio; governo irá analisar decisão

DA SUCURSAL DO RIO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Cerca de 250 dos 700 funcionários que trabalhavam no terceiro turno da fábrica da Peugeot Citroën em Porto Real (RJ) foram demitidos nesta semana após três meses de licença remunerada. O motivo alegado pela montadora foi a necessidade de reestruturação da produção.
Em nota, a empresa afirmou que as operações no país foram "fortemente atingidas" pela queda da demanda mundial. Nos dois primeiros meses do ano, as exportações de motores caíram 78%, e as de veículos, 30%.
Ela negou que a decisão esteja relacionada à impossibilidade de realizar novas dispensas durante a vigência do acordo que prorroga por mais três meses a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para as montadoras. A medida, anunciada pelo governo federal na segunda, entra em vigor hoje. Segundo a Peugeot, o desligamento vinha sendo negociado desde o início do mês passado.
O governo classificou como "um acordo de cavalheiros" o compromisso de que as montadoras não deveriam demitir em troca da prorrogação do benefício fiscal de redução do IPI para automóveis e caminhões.
"O governo não pode obrigar as montadoras a não demitir. Mas, como o IPI é um tributo regulatório, assim como desonerou, pode voltar a elevar [o imposto]", disse a assessoria de imprensa do Ministério da Fazenda.
De acordo com a assessoria do ministro da Fazenda, Guido Mantega, ele não sabia das demissões da Peugeot. Mantega embarcou anteontem para a Europa, onde participa do encontro do G20, e analisará na volta o que irá fazer sobre as demissões.
Segundo sindicato dos metalúrgicos, a montadora se comprometeu a dar preferência à recontratação dos demitidos quando houver necessidade de expandir as operações da fábrica.


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