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MONTADORAS
Peugeot demite 250 no Rio; governo irá analisar decisão
DA SUCURSAL DO RIO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Cerca de 250 dos 700 funcionários que trabalhavam
no terceiro turno da fábrica
da Peugeot Citroën em Porto
Real (RJ) foram demitidos
nesta semana após três meses de licença remunerada. O
motivo alegado pela montadora foi a necessidade de
reestruturação da produção.
Em nota, a empresa afirmou que as operações no
país foram "fortemente atingidas" pela queda da demanda mundial. Nos dois primeiros meses do ano, as exportações de motores caíram 78%,
e as de veículos, 30%.
Ela negou que a decisão esteja relacionada à impossibilidade de realizar novas dispensas durante a vigência do
acordo que prorroga por
mais três meses a redução do
IPI (Imposto sobre Produtos
Industrializados) para as
montadoras. A medida,
anunciada pelo governo federal na segunda, entra em
vigor hoje. Segundo a Peugeot, o desligamento vinha
sendo negociado desde o início do mês passado.
O governo classificou como "um acordo de cavalheiros" o compromisso de que
as montadoras não deveriam
demitir em troca da prorrogação do benefício fiscal de
redução do IPI para automóveis e caminhões.
"O governo não pode obrigar as montadoras a não demitir. Mas, como o IPI é um
tributo regulatório, assim
como desonerou, pode voltar
a elevar [o imposto]", disse a
assessoria de imprensa do
Ministério da Fazenda.
De acordo com a assessoria do ministro da Fazenda,
Guido Mantega, ele não sabia
das demissões da Peugeot.
Mantega embarcou anteontem para a Europa, onde participa do encontro do G20, e
analisará na volta o que irá
fazer sobre as demissões.
Segundo sindicato dos metalúrgicos, a montadora se
comprometeu a dar preferência à recontratação dos
demitidos quando houver
necessidade de expandir as
operações da fábrica.
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