|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
RIQUEZA AMERICANA
Desemprego e dívidas afetam tendência a consumir
Confiança do consumidor cai nos EUA
DA REDAÇÃO
Caiu a confiança do consumidor norte-americano, um dos indicadores mais observados pelos
economistas dos EUA, por indicar a tendência a consumir da população. De acordo com o instituto Conference Board, de Nova
York, o índice em abril foi de
108,8 pontos, contra 110,7 pontos
em março, seu maior patamar em
sete meses. Apesar do recuo, o
otimismo continua elevado, e o
índice caiu menos do que o previsto.
"O declínio é um tanto frustrante, mas a confiança está melhor do
que no final do ano passado", disse Gary Thayer, economista-chefe
da consultoria A.G. Edwards &
Sons Inc. "Parece que o indicador
tende a se estabilizar a partir de
agora", diz o economista.
A confiança do consumidor é
acompanhada de perto pelos analistas porque os gastos da população geram dois terços do PIB
(Produto Interno Bruto) do país.
Se o consumidor tem boas perspectivas sobre a situação econômica, continua gastando - e movimentando a economia.
Oscar Gonzalez, economista da
John Hancock Financial Services,
afirmou que os consumidores
ainda estão desconfiados. "A volatilidade no Oriente Médio, o endividamento elevado, o mercado
de ações sufocado e o mercado de
trabalho deteriorado não detiveram o consumidor, mas esses fatores pesam sobre ele", afirmou.
No mês passado, a taxa de desemprego subiu para 5,7% da população economicamente ativa
do país. Além disso, a disparada
do preço do barril do petróleo fez
com que o custo de energia registrasse o maior aumento em dez
meses, o que significou orçamento mais apertado para uma parcela da população.
Apesar da melhora nos últimos
meses, a confiança ainda se encontra abaixo do registrado em
agosto do ano passado, quando o
índice estava em 114 pontos. Após
os ataques de 11 de setembro, a
medida da confiança desabou, ficando abaixo de 100 pontos.
De acordo com números divulgados na semana passada pelo
Departamento de Comércio, a
economia norte-americana cresceu a um ritmo anualizado de
5,8% no primeiro trimestre. Mas
boa parte da expansão se deveu à
queima de estoques das empresas, e o ritmo deve recuar nos próximos trimestre.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Advertência: Petroleiro fará paralisação de 24 horas Próximo Texto: Casa de ferreiro...: Greenspan estoura orçamento do Fed Índice
|