São Paulo, quarta-feira, 01 de maio de 2002

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RIQUEZA AMERICANA

Desemprego e dívidas afetam tendência a consumir

Confiança do consumidor cai nos EUA

DA REDAÇÃO

Caiu a confiança do consumidor norte-americano, um dos indicadores mais observados pelos economistas dos EUA, por indicar a tendência a consumir da população. De acordo com o instituto Conference Board, de Nova York, o índice em abril foi de 108,8 pontos, contra 110,7 pontos em março, seu maior patamar em sete meses. Apesar do recuo, o otimismo continua elevado, e o índice caiu menos do que o previsto.
"O declínio é um tanto frustrante, mas a confiança está melhor do que no final do ano passado", disse Gary Thayer, economista-chefe da consultoria A.G. Edwards & Sons Inc. "Parece que o indicador tende a se estabilizar a partir de agora", diz o economista.
A confiança do consumidor é acompanhada de perto pelos analistas porque os gastos da população geram dois terços do PIB (Produto Interno Bruto) do país. Se o consumidor tem boas perspectivas sobre a situação econômica, continua gastando - e movimentando a economia.
Oscar Gonzalez, economista da John Hancock Financial Services, afirmou que os consumidores ainda estão desconfiados. "A volatilidade no Oriente Médio, o endividamento elevado, o mercado de ações sufocado e o mercado de trabalho deteriorado não detiveram o consumidor, mas esses fatores pesam sobre ele", afirmou.
No mês passado, a taxa de desemprego subiu para 5,7% da população economicamente ativa do país. Além disso, a disparada do preço do barril do petróleo fez com que o custo de energia registrasse o maior aumento em dez meses, o que significou orçamento mais apertado para uma parcela da população.
Apesar da melhora nos últimos meses, a confiança ainda se encontra abaixo do registrado em agosto do ano passado, quando o índice estava em 114 pontos. Após os ataques de 11 de setembro, a medida da confiança desabou, ficando abaixo de 100 pontos.
De acordo com números divulgados na semana passada pelo Departamento de Comércio, a economia norte-americana cresceu a um ritmo anualizado de 5,8% no primeiro trimestre. Mas boa parte da expansão se deveu à queima de estoques das empresas, e o ritmo deve recuar nos próximos trimestre.


Com agências internacionais


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