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Centrais sindicais fazem festa de R$ 6,5 mi
CUT, Força Sindical e UGT promovem megaeventos com shows e sorteios em seis palcos da capital e da Grande São Paulo
Estatais e empresas privadas bancam festas, que vão
distribuir de carros a
apartamentos; entidades vão
reivindicar redução de jornada
CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL
CUT, Força Sindical e UGT
(União Geral dos Trabalhadores) comemoram hoje o Dia do
Trabalho com megafestas,
shows populares e atos políticos na capital e na Grande São
Paulo orçadas em R$ 6,5 milhões. As centrais pretendem
reunir ao menos 3,5 milhões de
pessoas nos eventos.
A Força vai sortear dez carros zero-quilômetro e cinco
apartamentos. A UGT, um veículo e prêmios (televisores, vale-compras de lojas).
As centrais levam aos palcos
do 1º de Maio uma reivindicação em comum: a redução da
jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem diminuição
nos salários. Pela lei, a jornada
permitida é de 44 horas.
Para custear as festas, as centrais usam a mesma fórmula de
anos anteriores -a venda de
espaços publicitários a empresas estatais e privadas que
"compram" cotas de patrocínios nos palcos e nos arredores
dos locais das festas.
"É uma fórmula que deu certo, buscar o patrocínio de empresas e combinar lazer, entretenimento e manifestação política", diz o marqueteiro André
Guimarães, que fez as megafestas da Força Sindical por sete
anos, depois migrou para a
CUT por mais quatro e neste
ano estréia na organização da
festa da UGT (central sindical
que resultou da fusão de CGT,
SDS e CAT).
A Caixa Econômica Federal
deu R$ 630 mil para as três centrais -R$ 300 mil para a CUT,
R$ 200 mil para Força e R$ 130
mil para a UGT- para várias
ações de cidadania e festas, segundo a instituição.
A Petrobras informa que é
"tradicionalmente patrocinadora dos eventos relacionados
ao Dia do Trabalhador" e neste
ano concedeu R$ 800 mil a três
centrais -CUT (R$ 400 mil para quatro ações paralelas ao 1º
de Maio), Força (R$ 250 mil) e
UGT (R$ 150 mil). A Eletrobrás
também patrocinou a festa da
UGT com R$ 100 mil, segundo
informa a central.
A CUT faz eventos hoje no
autódromo de Interlagos (Santo Amaro), em São Bernardo
(paço municipal), em Guarulhos e no Centro de Tradições
Nordestinas (zona norte).
Além das estatais, a central
obteve patrocínio de empresas
como AmBev, Telefônica, Nestlé, Braskem, empreendimento
Bairro Novo, Embraer, para
custear os R$ 2,5 milhões dos
quatro eventos. As cotas variam de R$ 25 mil a R$ 600 mil.
A festa da Força Sindical
acontece na praça Campo de
Bagatelle (zona Norte). O custo
estimado é de R$ 2,5 milhões,
segundo a central. Na lista de
patrocinadores, estão Telefônica, Brahma, Bovespa e Caixa
Econômica Federal, segundo
informa a Força Sindical. Para
atrair público de 1 milhão, estão
previstos shows de 40 artistas
-entre eles, Zezé Di Camargo e
Luciano.
A UGT espera reunir entre 1
milhão e 1,5 milhão de pessoas
no parque do Planalto, em Carapicuíba (Grande São Paulo).
O vice-presidente da central,
Antonio Carlos dos Reis, o Salim, é pré-candidato à prefeitura da cidade pelo partido DEM,
ao qual é filiado. "Sou morador
há 40 anos da cidade", diz.
No ano passado, a central fez
a comemoração na mesma cidade e reuniu cerca de 300 mil
pessoas. Além da jornada, a
UGT discute a transposição das
águas do rio São Francisco.
A Conlutas (formada por sindicatos dissidentes da CUT, ligados ao PSTU) faz manifestação na praça da Sé. Haverá uma
missa na catedral da Sé e, em
seguida, atividades culturais,
com música e apresentação de
esquetes teatrais. Para realizar
o evento, foram gastos R$ 30
mil, custeados por entidades e
sindicatos que participam da
comemoração.
A CTB (Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, criada por dissidentes da
CUT ligados ao PC do B) faz
shows na praça Brasil (Cohab
2), em Guaianazes. A central
estima que o evento custe R$
100 mil e informa que será bancado pelas entidades filiadas.
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