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São Paulo, domingo, 01 de junho de 2003

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ESCRITO NAS ESTRELAS

Para Teca Mendonça, irmã de ex-ministro, somente próximo governo trará satisfação popular

Júpiter é "culpado" por juros, diz astrologia

SANDRA BALBI
DA REPORTAGEM LOCAL

Está escrito nas estrelas: os próximos meses serão propícios ao crescimento econômico, aos ganhos em Bolsa de Valores e com o câmbio. "O dólar voltará a subir no final deste mês e atingirá seu pico em novembro", prevê o engenheiro e astrólogo Maurício Bernis, especialista em astrologia financeira e empresarial.
Mas também serão tempos de tensão para o governo e a maioria da população, que seguirão reféns dos juros altos por, pelo menos, mais três meses. Só a partir de setembro, a taxa básica, a Selic, começará a recuar, segundo previsão de Bernis.
Que ninguém culpe, porém, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Os juros continuarão altos porque, de junho até agosto, Júpiter transitará em oposição a seu ascendente (o signo de Aquário) no mapa astrológico do Brasil, fazendo com que o governo adote medidas impopulares na área financeira.
Como juros altos tolhem o crescimento, análises mais minuciosas do céu mostram que o governo Lula viverá seu inferno astral até o fim deste ano. Pode até ter queda de ministro, dizem os astros.
"De maio deste ano a julho de 2004 há um ambiente astrológico favorável ao crescimento, mas se o governo não tomar iniciativas nesse sentido, nada acontecerá", alerta a astróloga e taróloga Teca Mendonça, 50.
Formada em Letras pela PUC do Rio, com pós-graduação em Comunicação, ela tem alguma familiaridade com economia por força da convivência familiar: é irmã dos economistas Luís Carlos Mendonça de Barros, ex-ministro das comunicações, e de José Roberto Mendonça de Barros.
Os irmãos, porém, nunca a consultaram. "Gostamos de preservar nossos espaços: eu não dou palpites no trabalho deles nem eles no meu".
Por mera curiosidade e acaso, Teca conta que fez, em 1998, o mapa astral de "Tato", o apelido familiar do ex-ministro Mendonça de Barros. "Vi que ele iria ter problemas no governo, o que atingiria a família, e alertei minha cunhada", lembra.
Cerca de três meses depois Mendonça de Barros deixou o ministério, em consequência de escutas telefônicas no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Os "grampos" revelaram sua participação na "negociação direta com empresas, intermediação de contatos e viabilização de consórcios para a participação no leilão de privatização de empresas de telecomunicações", segundo relatório do TCU (Tribunal de Contas da União) divulgado na época.

Progressões lunares
A análise de Teca Mendonça sobre os destinos do país mostra que até julho de 2004 acontecerá o que os economistas chamam de "janela de oportunidade". Trata-se de momentos de calmaria no cenário interno que permitem mudanças na condução da política econômica.
Mas Teca não se baseia nos manuais de economia. Ela fez um estudo das progressões da lua sobre o mapa astral do Brasil que mostra que há condições para o país poder tirar o pé da lama e começar a crescer. Esse mapa é a referência de todo astrólogo em suas previsões para o país, e mostra a posição dos astros no céu no momento da independência (7 de setembro de 1822, às 16h08).
Por meio de softwares que calculam o movimento dos astros é possível acompanhar deslocamento do sol, dos planetas e da lua no mapa brasileiro. Isso permite fazer previsões a qualquer tempo, a partir da data da independência, considerada o "nascimento" do país.
Segundo Teca Mendonça, desde maio deste ano até julho do ano que vem a lua transita no mapa astral do Brasil sem oposição de outros astros. "Isso significa caminho livre para realizações e para o crescimento", diz ela.
Teca alerta, porém, que só no próximo governo haverá mudança de modelo e satisfação das aspirações populares. De nada adiantará os radicais do PT espernearem que não será neste mandato que Lula e seus pares farão sua revolução.
Não se trata de revisionismo político, mas de determinação astrológica. "Só em 2007 ocorrerá mudança de paradigma no país. Não sei se em um segundo mandato de Lula, ou com outro presidente", afirma Teca.
E isso já estava determinado muito antes das eleições, conforme mostra um outro estudo da astróloga, baseado nas "Revoluções Solares".
Por meio dessa técnica, ela analisou a história brasileira à luz da astrologia e concluiu que o país passa por ciclos de mudança a cada dez anos. "Estamos em meio a um desses ciclos, que começou em 1996, e comandou as transformações feitas pelo governo FHC", diz ela. Essa fase se encerrará em 2007. Até lá, portanto, será mais do mesmo.


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