FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

A Receita Federal vai destruir, até amanhã, 1.100 toneladas de produtos piratas -avaliados em R$ 20 milhões-, que foram apreendidos em operações de combate ao contrabando em 2005.
Ontem, caixas com brinquedos, bolsas, CDs, DVDs, óculos, roupas, tênis, bebidas, cigarros, perfumes e cosméticos, que lotaram 30 carretas, foram destruídas em um aterro sanitário localizado em Mauá (SP).
Jorge Rachid, secretário da Receita Federal, informa que essas mercadorias causaram prejuízo de R$ 5 milhões aos cofres federais.
Mauro de Brito, chefe da Divisão Nacional de Combate ao Contrabando da Receita, informa que pelo menos 50% dos produtos à venda nos shoppings populares são falsificados ou entram de forma ilegal no país.
Rachid informa que a Receita vai intensificar, em parceria com outras entidades, o trabalho de repressão ao contrabando e à pirataria.
"Vamos trabalhar com a inteligência, com o cruzamento de informações. Mas é preciso que a sociedade coopere e deixe de comprar produtos falsificados."
De janeiro deste ano até ontem, segundo Rachid, a Receita, em parceria com outras instituições, realizou 300 operações de repressão ao contrabando e à pirataria, que resultaram na apreensão de cerca de R$ 250 milhões em mercadorias.
Clayton Wilson Jorge, advogado da Associação de Defesa da Propriedade Intelectual, informa que os filmes (DVDs) piratas representam entre 35% e 40% do mercado total brasileiro.


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