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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br
HSBC também quer comprar Nossa Caixa
Depois de quatro anos e meio
à frente do HSBC do Brasil,
Emilson Alonso assume amanhã o posto de presidente do
banco na América Latina. Será
o primeiro brasileiro a ocupar o
cargo de responsável pelas operações do grupo financeiro britânico em 14 países latino-americanos.
Alonso vai morar no México
e responderá diretamente ao
executivo-chefe mundial do
HSBC, Michael Geoghegan.
Nascido em São Paulo, no bairro do Tatuapé, e formado pela
Politécnica da USP, Alonso
chegou ao HSBC em 1997, ano
em que o banco começou suas
operações no Brasil, ao comprar o Bamerindus.
Hoje, o banco tem ativos de
US$ 100 bilhões, 4.000 agências e pontos de atendimento e
67 mil funcionários. Em 2007,
a América Latina respondeu
por 9% (US$ 2,2 bilhões) do lucro bruto mundial do grupo
HSBC, com Brasil (US$ 879 milhões) e México (US$ 980 milhões) responsáveis por mais
de 80% do total.
"Meu objetivo é transformar
as 14 subsidiárias do grupo na
América Latina em um grande
banco regional. A América Latina ainda é desbancarizada, onde dois terços da população
economicamente ativa, de 300
milhões de pessoas, não têm
conta em banco", diz Alonso.
A exemplo de outros grandes
bancos, como Itaú e Bradesco,
Alonso não esconde sua insatisfação com o anúncio das negociações para a aquisição da
Nossa Caixa pelo Banco do Brasil. Ele também diz que é candidato à compra da Nossa Caixa e
defende um leilão para a venda
do banco.
"O leilão daria mais transparência ao negócio e o governo
de São Paulo ainda conseguiria
um melhor preço", diz o presidente do HSBC. "Nós também
somos candidatos à compra da
Nossa Caixa."
Sobre o fato de um dos grandes atrativos da Nossa Caixa
ser o expressivo volume de depósitos judiciais, avaliado em
R$ 16 bilhões, e que não pode
ser repassado aos bancos privados, Alonso tem uma solução.
Nada impede, a seu ver, que os
depósitos sejam excluídos do
processo.
Para Alonso, os depósitos poderiam ser vendidos para o
Banco do Brasil, e o restante do
banco, ser leiloado, a exemplo
do que ocorreu na privatização
do Banespa. O Banespa foi vendido em 2001 por R$ 7 bilhões
para o Santander, um valor
bem acima das expectativas do
mercado. "Ninguém imaginava
que algum banco pagaria aquela quantia pelo Banespa. O
mesmo pode ocorrer com a
Nossa Caixa", diz Alonso.
Toshiba é a japonesa mais lembrada entre brasileiros
A Toshiba é a marca japonesa
que primeiro vem à mente dos
brasileiros, segundo pesquisa
de recall de marcas de empresas nipônicas feita pelo Datafolha. Ela foi mencionada por
12% das 2.110 pessoas acima de
16 anos entrevistadas nacionalmente, em 150 municípios.
Em segundo ficou a Mitsubishi, lembrada espontaneamente por 10% dos entrevistados. Em terceiro, com 7%, aparece uma marca híbrida, que
une a brasileira Semp com a
Toshiba (Semp Toshiba).
Entre as marcas japonesas
mais citadas, estão ainda a Suzuki (5%), a Honda (4%), a Toyota (4%), a Sony (3%), a Yamaha (2%) e a Sharp (1%).
Algumas marcas que não são
japonesas aparecem mencionadas na pesquisa, como a sul-coreana Samsung (4%), a
finlandesa Nokia, a americana
Philco e a holandesa Philips,
com 1% de menções cada uma.
É na região Nordeste onde as
marcas japonesas são menos
mencionadas (46% dizem não
saber apontar espontaneamente uma delas). A Toshiba é a
marca mais citada pelos mais
jovens (16%, entre 16 e 24
anos). A Mitsubishi é mais lembrada pelas pessoas que têm
curso superior (18%) e pertencem às classes A e B (17%).
Na pesquisa de "awareness"
(total de marcas lembradas),
Toshiba e Mitsubishi empatam
(18%), seguidas por Honda e
Suzuki (10%) e Toyota (9%).
JÓIA RARA
A joalheria paulista Casa Vasconcellos criou jóias que estão na exposição "Mulheres Reais, Modas e Modos no Rio de
Dom João 6º", que acaba de ser inaugurada no Rio de Janeiro. A mostra resgata figurinos da realeza feminina luso-brasileira. Comandada pelas irmãs e designers Fabiana, Marianna e Renata Vasconcellos, a Casa Vasconcellos, que faz
peças para minisséries de época da Rede Globo, reproduziu
as jóias usadas pela Corte para a exposição. Todas as jóias
expostas com o figurino de Carlota Joaquina, dona Leopoldina e peças usadas pelas escravas foram preparadas pela Casa
Vasconcellos. A mostra deverá acontecer também em São
Paulo, em julho.
HOMENAGEM
O Instituto Sergio Motta
fará homenagem ao ex-ministro das Comunicações
Sergio Motta nos dez anos
de sua morte. O evento será
amanhã, no Jockey Club, em
São Paulo. Na ocasião, será
realizado balanço das atividades do instituto. Além da
vice-presidente do conselho, a viúva Wilma Motta,
estarão presentes o presidente do instituto, Luiz Carlos Mendonça de Barros,
Fernando Henrique Cardoso, José Serra, Gilberto Kassab e Geraldo Alckmin.
MESA NO IRAQUE
As exportações de itens
alimentícios ao Iraque subiram. De janeiro a abril, as
vendas brasileiras ao país
atingiram US$ 109 milhões.
Entre os 20 mais vendidos,
estão frango, atum, carne
bovina e sardinha, todos em
conserva, carne de frango
cortada em pedaços e congelada, ovos de galinha para incubação, leite integral em
pó, bolachas e outros.
VISITA
Doze embaixadores árabes desembarcam em SP hoje para planejar ações de intercâmbio comercial com a
Câmara Árabe. Eles visitarão a Avibrás Aerospacial, a
Embraer e a Codesp.
BONECA DE PANO
O Dia das Mães e a Parada
Gay alavancaram as vendas
do comércio atacadista de
tecidos, vestuário e armarinhos de São Paulo em maio.
Elas cresceram 4% no mês
em relação a abril, segundo
levantamento do Sindicato
do Comércio Atacadista de
Tecidos, Vestuário e Armarinhos do Estado de SP.
CEGONHA
As funcionárias do Wal-Mart Brasil terão, a partir de
1º de julho, seis meses de licença-maternidade. A extensão do benefício foi resultado de pesquisa interna
com mais de mil mulheres
que trabalham na companhia. Para quem já está em
licença -hoje, cerca de 500
pessoas-, o benefício será
ampliado. Dos 70 mil funcionários do Wal-Mart Brasil, 45% são mulheres.
SALA DE AULA
A Fundação Bunge, entidade social das empresas
Bunge do Brasil, vai investir,
neste ano, cerca de R$ 2,1
milhões no seu programa de
voluntariado, o Comunidade Educativa, de apoio ao
ensino das escolas públicas.
com JOANA CUNHA e VERENA FORNETTI
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