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Emprego nos EUA e dados da indústria são destaques
Expectativa é que BCs europeus não alterem juros
DA REPORTAGEM LOCAL
A semana que entra traz diversos indicadores econômicos
importantes para balizar as estratégias (e humores) no mercado financeiro.
Após a Bolsa de São Paulo
avançar 12,49% e o dólar comercial cair aproximadamente
10% em maio, os investidores
buscam notícias sobre a atividade global (e em especial a
americana) que lhes permita
afinar suas previsões. As tendências observadas recentemente não devem mudar, dizem os analistas, mas ainda não
se sabe se os movimentos de alta no segmento acionário e de
queda no câmbio têm espaço
para ampliação. Para isso, seriam necessários mais sinais de
recuperação dos Estados Unidos, da Europa e da China.
Números a respeito da renda
e dos gastos do consumidor
americano saem hoje.
Na quarta-feira, é a vez dos
dados relativos a vendas de veículos no mercado norte-americano. O presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central
norte-americano), Ben Bernanke, fala no Congresso.
Na sexta, será divulgada a taxa de desemprego em maio, que
os especialistas estimam ter ficado em 9,2%, o que representa
uma alta de 0,3 ponto percentual ante o mês anterior.
De todos os índices que os especialistas estão acompanhando para tentar prever quando
acabará a recessão nos EUA, os
de mercado de trabalho têm sido os mais preocupantes.
Economistas como Nouriel
Roubini dizem que, embora já
seja possível vislumbrar o fim
da retração -no fim deste ano
ou no início do próximo-, ainda levará muito mais tempo para que os empregos fechados
pela crise sejam recuperados.
Os bancos centrais do Reino
Unido e da zona do euro definem a sua taxa básica de juros
na quinta-feira. A expectativa
da maioria dos analistas é a de
que sejam mantidas nos níveis
atuais: 0,5% ao ano no primeiro
caso e 1% anual no segundo.
Baixar agressivamente os juros foi uma das armas empregadas pelos governos europeus
para tentar combater o desaquecimento da economia. Em
nível tão baixo que frequentemente significa rendimento
negativo (descontando a inflação) para os investimentos feitos nesses países, a taxa não
funciona muito para animar os
consumidores, já que a crise é
de confiança. Enquanto as instituições financeiras não voltarem a conceder crédito, a atividade não voltará a crescer. Esta
é outra ressalva feita pelos especialistas quando falam das
perspectivas mundiais.
Indicadores econômicos brasileiros também são aguardados e estudados com atenção.
O IBGE (Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística) informa hoje os números a respeito da produção industrial do
país em abril. Em março, foi registrada uma elevação de 0,7%
e os analistas veem um crescimento de 1,2% na nova leitura.
Na quinta, saem os dados sobre produção, venda e exportação de veículos no mês passado.
Se esses índices confirmarem as avaliações de que a atividade no país está se recuperando, ainda que em ritmo moderado, ganharão força as apostas
de que o Banco Central diminuirá o ritmo do corte da taxa
de juros básica, a Selic, atualmente em 10,25% ao ano. A
próxima reunião do Copom
(Comitê de Política Monetária)
acontece nos dias 9 e 10.
"Mantemos a nossa projeção
de que ele reduzirá o ritmo de
corte (dessa vez para 0,5 ponto
percentual), uma vez que vemos os sinais de retomada econômica se tornando mais difusos entre os segmentos, algo
que reduz a necessidade de diminuições mais agressivas",
afirma relatório do BES Investimento enviado a clientes.
(DENYSE GODOY)
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