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Bolsa de NY registra melhor trimestre desde 98
DA REDAÇÃO
A Bolsa de Nova York fechou o
seu melhor trimestre desde 1998,
apesar do fraco desempenho de
ontem. Os expressivos ganhos foram motivados pela perspectiva
de que os juros ainda ficarão baixos nos Estados Unidos por algum tempo e também pelas expectativas de um crescimento
mais acelerado a partir do semestre que se inicia hoje.
O índice Standard & Poor's 500,
que acompanha a evolução dos
preços das 500 principais ações
das empresas norte-americanas,
teve uma valorização de 14,9%
nos últimos três meses. O ganho
trimestral foi o oitavo maior computado desde a Segunda Guerra
Mundial.
O Dow Jones, índice das 30
principais empresas do país, registrou alta de 12,4% no período.
"Certamente foi um trimestre
em que houve uma mudança
substancial na psicologia do mercado", afirmou Peter Cardillo,
presidente da corretora Global
Partner Securities. De acordo com
o estrategista, as cotações dos papéis passaram a incluir ("precificar", como diz o mercado) a possibilidade de uma aceleração na
atividade, o que se refletiria em
mais dividendos.
A recuperação das ações de empresas tecnológicas, principalmente de informática e telecomunicações, foi ainda mais intensa.
O índice Nasdaq fechou o trimestre com uma valorização de 21%,
o seu melhor desempenho desde
os últimos três meses de 2001.
Durante o primeiro trimestre,
vários fatores contribuíram para a
desvalorização do mercado de
ações, entre eles a própria estagnação econômica. Havia ainda as
incertezas que envolviam o ataque militar ao Iraque, que afastaram os investidores das aplicações de risco.
Com a rápida vitória das forças
anglo-americanas, os investidores voltaram a procurar o risco,
atrás de aplicações mais lucrativas. Os papéis dos emergentes,
que pagam juros bem mais elevados do que os países desenvolvidos, também saíram ganhando, e
os títulos brasileiros bateram recorde de valorização.
Mas os analistas consideram
que, depois do salto do último trimestre, está na hora de uma pausa. O crescimento norte-americano ainda não se materializou, e os
papéis dos emergentes já estariam
muito caros se se levarem em conta os fundamentos econômicos
desses países.
No pregão de ontem, o Dow Jones encerrou praticamente estável, com recuo de 0,04%. A Nasdaq caiu 0,15%.
Europa em alta
Nas Bolsas européias, o trimestre também foi de retomada. O índice FTSE 300, com as 300 principais companhias do continente,
subiu 11%, a maior valorização
desde os últimos três meses de 99.
Mas os papéis encerraram em
ligeira baixa ontem. As ações foram atingidas pela divulgação de
indicadores que lançaram dúvidas sobre a retomada econômica.
Com agências internacionais
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