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MERCADO FINANCEIRO
Nem mesmo rolagem menor de dívida cambial pelo BC evitou baixa da moeda; Bolsa cai 0,4%
Dólar volta a recuar e fecha em R$ 2,844
DA REPORTAGEM LOCAL
A expressiva baixa de 1,18% levou o dólar a encerrar os negócios
vendido a R$ 2,844. Esse foi o segundo menor valor de fechamento da moeda neste ano.
Apesar de o Banco Central não
ter voltado ao mercado para ampliar o percentual de rolagem de
sua dívida cambial de US$ 2,5 bilhões que vence hoje, a moeda
não teve forças para manter a alta
registrada no início do dia. O BC
renovou apenas 67,5% da dívida e
percentuais menores de rolagem
podem se refletir em maior procura por dólares.
Com as últimas captações privadas no mercado internacional
-Banco do Brasil e Petrobras
captaram juntos mais de US$ 650
milhões na semana passada- e o
superávit recorde registrado pela
balança comercial, a moeda dos
EUA fechou perto da cotação mínima (R$ 2,834) de ontem.
"Mesmo que indiretamente, o
BC tem feito uma intervenção no
câmbio. Hoje [ontem], ao não
ampliar o percentual de rolagem
da dívida vincenda, deixou espaço para o dólar subir um pouco
nos próximos dias", afirma Mário
Battistel, diretor de câmbio da
corretora Novação.
Os investidores não acreditam
que o dólar ganhe muita força no
segundo semestre. Na Bolsa de
Mercadorias & Futuros (BM&F),
apenas nos contratos de câmbio
com prazo em novembro o dólar
aparece acima dos R$ 3,00.
Como ontem foi o último dia do
mês, os negócios também refletiram a queda-de-braço dos investidores preocupados em influenciar o sobe-e-desce do Ptax (preço
médio do dólar medido pelo BC
diariamente), que serve de parâmetro para a liquidação de contratos de câmbio.
Ontem o Ptax fechou em R$
2,872, em baixa de 0,32%. Levantamento da Economatica mostra
que a queda do Ptax no primeiro
semestre foi a maior para o período desde 1966. O preço médio do
dólar recuou 18,72% na primeira
metade do ano.
Negócios tímidos
Na Bolsa de Valores de São Paulo, os negócios foram tímidos. O
pregão movimentou apenas R$
434 milhões. A Bolsa fechou com
pequena baixa de 0,40%, recuando para os 12.972 pontos.
O papel PNB da Copel fechou
com a maior perda (4,2%) do pregão, e a ação PNA da Usiminas foi
a que mais subiu (3,1%).
(FABRICIO VIEIRA)
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