São Paulo, sábado, 01 de julho de 2006

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ENERGIA

Petrobras diz só negociar gás segundo contrato

DA SUCURSAL DO RIO

O presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli reafirmou ontem que a companhia só negociará com a Bolívia "nos termos do contrato", que prevê uma fórmula de reajuste trimestral.
"Nós sentamos à mesa para conversar [com a estatal boliviana YPFB] só que nos termos do contrato", disse. Ou seja: o executivo indicou que não aceitará o novo preço proposto pela Bolívia para o gás, de US$ 8 por milhão de BTU.
A pedido da Bolívia, representantes da Petrobras se reuniram anteontem em La Paz com a YPFB, mas não chegaram a um acordo. Se não ocorrer um acerto entre as partes em até 45 dias, a questão será decidida pela Justiça de Nova York.
A Petrobras paga pelo gás US$ 3,43 por milhão de BTU até 16 milhões de metros cúbicos/dia. O valor sobe para US$ 4,21 por milhão de BTU acima desse até os 26 milhões de metros cúbicos importados pela estatal.
Pelo contrato, o preço subirá 10% a partir do dia 1º de julho em razão do aumento da cotação do óleo combustível, que serve de parâmetro para o reajuste. Considerando o percentual, os preços passarão para US$ 3,77 e US$ 4,63 por milhão de BTU.
Indagado se o aumento do gás vendido à Argentina é uma forma de pressão à Petrobras, Gabrielli disse apenas que "nossos contratos com a Bolívia são diferentes" dos firmados com os argentinos.
Gabrielli confirmou ainda que a estatal vai parar hoje de distribuir combustíveis na Bolívia, uma das áreas que foi nacionalizada pela Bolívia.


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