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ENERGIA
Petrobras diz só negociar gás segundo contrato
DA SUCURSAL DO RIO
O presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli
reafirmou ontem que a
companhia só negociará
com a Bolívia "nos termos
do contrato", que prevê
uma fórmula de reajuste
trimestral.
"Nós sentamos à mesa
para conversar [com a estatal boliviana YPFB] só
que nos termos do contrato", disse. Ou seja: o executivo indicou que não aceitará o novo preço proposto
pela Bolívia para o gás, de
US$ 8 por milhão de BTU.
A pedido da Bolívia, representantes da Petrobras
se reuniram anteontem
em La Paz com a YPFB,
mas não chegaram a um
acordo. Se não ocorrer um
acerto entre as partes em
até 45 dias, a questão será
decidida pela Justiça de
Nova York.
A Petrobras paga pelo
gás US$ 3,43 por milhão
de BTU até 16 milhões de
metros cúbicos/dia. O valor sobe para US$ 4,21 por
milhão de BTU acima desse até os 26 milhões de
metros cúbicos importados pela estatal.
Pelo contrato, o preço
subirá 10% a partir do dia
1º de julho em razão do aumento da cotação do óleo
combustível, que serve de
parâmetro para o reajuste.
Considerando o percentual, os preços passarão
para US$ 3,77 e US$ 4,63
por milhão de BTU.
Indagado se o aumento
do gás vendido à Argentina é uma forma de pressão
à Petrobras, Gabrielli disse
apenas que "nossos contratos com a Bolívia são diferentes" dos firmados
com os argentinos.
Gabrielli confirmou ainda que a estatal vai parar
hoje de distribuir combustíveis na Bolívia, uma das
áreas que foi nacionalizada pela Bolívia.
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