São Paulo, sábado, 01 de julho de 2006

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VAIVÉM DAS COMMODITIES

MAURO ZAFALON
mzafalon@folhasp.com.br

FUNDO DO POÇO
Os bons tempos para o setor de trigo se foram. De maior importador mundial, o país passou até a exportador nos últimos anos, quando atingiu safra de 6 milhões de toneladas. A partir desta safra, o país pode voltar a liderar as importações.

SECA NOS LÍDERES
Dois Estados se destacam na produção nacional de trigo: Paraná e Rio Grande do Sul. Em ambos, a safra deste ano está com forte quebra devido a clima desfavorável, endividamento dos produtores e perda do período ideal de plantio.

SEGUINDO O LÍDER
Primeiro foi o Deral, do Paraná, a avisar que a safra do Estado cai para apenas 1,79 milhão de toneladas. Ontem foi a vez de a Emater/RS anunciar que a quebra de produção dos gaúchos também será forte e ficará em apenas 1,19 milhão de toneladas.

IMPORTAÇÕES MAIORES
A produção total dos dois Estados recua para 2,98 milhões de toneladas, bem abaixo dos 5,17 milhões de 2005. Essa menor produção nesses Estados vai forçar o Brasil a importar pelo menos 7 milhões de toneladas do produto.

ESPERADO...
Aquilo que o mercado já previa acaba de ocorrer. O Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) superestimou a área com soja e subestimou a com milho. Ontem, o departamento fez a correção.

... E CONFIRMADO
A área de soja, prevista em março em 31,1 milhões de hectares para a safra 2006/7, recua para 30,3 milhões, conforme dados divulgados ontem pelo Usda. Em 2005, o plantio havia sido de 29,2 milhões de hectares.

MAIS MILHO
Á área com milho, prevista inicialmente em 31,6 milhões de hectares, subiu para 32,1 milhões, segundo o Usda. Esses dados já haviam sido antecipados à Folha pela AgRural. No ano passado, a área ocupada foi de 33,1 milhões.

ÁLCOOL EM ALTA
A pressão nos preços do álcool acelerou nesta semana, conforme pesquisa do Cepea. As usinas paulistas negociaram o álcool anidro a R$ 1,02706 por litro, com alta de 3,91% em relação à semana anterior. Já o hidratado subiu para R$ 0,87685 por litro, com evolução de 2,28%.

MAIS CPR
As negociações do Banco do Brasil com CPR (Cédulas de Produto Rural) somaram R$ 1,57 bilhão no primeiro semestre deste ano. O total de contratos foi de 24,1 mil. Minas Gerais liderou, com R$ 446 milhões, vindo a seguir Goiás (R$ 190 milhões), Paraná (R$ 160) milhões e Mato Grosso do Sul (R$ 143 milhões).


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