Apenas 79 propriedades em todo o país estão habilitadas a ter cortes bovinos exportados aos europeus

GITÂNIO FORTES
DA REDAÇÃO

A União Européia anunciou ontem que vai retomar as importações de carne bovina desossada e maturada produzida de gado criado em São Paulo e no Paraná. As compras estavam suspensas desde o final de 2005, quando houve febre aftosa em Mato Grosso do Sul, que faz divisa com os dois Estados.
Agora as propriedades paulistas e paranaenses que pretenderem vender para os europeus vão ter de se submeter a uma bateria de auditorias, concentrada nos procedimentos de rastreabilidade dos rebanhos.
Segundo o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), há em São Paulo 1.228 propriedades entre os ERAs (Estabelecimentos Rurais Aprovados) no Sisbov (Sistema de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos). No Paraná, são 256. Todas elas podem pedir habilitação. Mas não há garantia de que consigam. Os europeus têm-se mostrado rigorosos.
No final de janeiro, a UE anunciou a suspensão das compras de carne bovina brasileira. Um mês depois, o veto foi flexibilizado -106 fazendas do país foram consideradas aptas à exportação. Mas ontem eram apenas 79, informou o ministério -só seis Estados tinham autorização para os embarques (MG, MT, GO, ES, RS e SC).
Na última semana de maio, a OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) classificou São Paulo e Paraná como áreas livres de aftosa com vacinação. A Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa espera o mesmo reconhecimento para Mato Grosso do Sul ainda neste mês. Em 2007, o Brasil vendeu à UE US$ 1,4 bilhão em carne bovina.


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