DA REPORTAGEM LOCAL

Para Osiris Lopes Filho, ex-secretário da Receita Federal e professor de direito tributário da Universidade de Brasília, "as transações financeiras serão a fonte de tributação do terceiro milênio".
Lopes Filho diz que o mundo atual exige "incidências modernas" na cobrança de impostos. Ele cita os setores de transportes, de comunicações, de energia elétrica e de combustíveis como exemplos, pois a fiscalização é simples.
Isso não que dizer, entretanto, que ele concorde totalmente com a proposta de criação do IUF. Sua crítica: "É uma idéia milagrosa, pois acredita muito nas instituições financeiras", que seriam responsáveis pela cobrança.
Segundo ele, não deve haver "reforma milagrosa", pois os resultados "costumam ser pífios". Mas ele reconhece que "a idéia é útil ao país, pois mostra a crise do sistema tributário atual".
Lopes Filho diz que é preciso aperfeiçoar as leis e criar uma consciência tributária no cidadão. "Ele precisa acreditar que o imposto reverte em seu benefício."
Embora entenda que o país proporcione "um inferno tributário para o brasileiro e um paraíso para o investidor estrangeiro", Lopes Filho diz que a grande revolução no país será fazer com que todos "cumpram a Constituição e as leis incondicionalmente". (MC)


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