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Consumo das famílias tem aumento de 4%, mas efeito do crédito perde força
DA SUCURSAL DO RIO
DO ENVIADO ESPECIAL AO RIO
Dentre os componentes da
demanda interna, o destaque
no PIB do segundo trimestre
foi para o consumo das famílias, positivo em 4% em relação
ao mesmo trimestre de 2005.
Foi o 11º crescimento consecutivo registrado na comparação.
Nos últimos quatro trimestres, o aumento no consumo
das famílias foi de 2,7%, 3,4%,
3,6% e 4%, respectivamente.
De acordo com o IBGE, um
dos fatores que contribuíram
para o resultado foi o aumento
de 6,8% da massa salarial no
período. No primeiro trimestre, a massa salarial havia aumentado 4,9%.
O crédito ao consumidor
continuou dando impulso ao
consumo das famílias, mas o
ritmo perdeu força. De abril a
junho deste ano, houve crescimento, em termos nominais,
de 31,8% no saldo das operações de crédito a pessoas físicas. De janeiro a março, ele havia sido de 35,2%.
Há duas semanas, o IBGE divulgou que a expansão das vendas de bens duráveis (que dependem mais de crédito) caiu à
metade no primeiro semestre,
para 9%, contra 19,7% no mesmo período de 2005.
Para Ana Maria Castelo, da
GV Consult, o fôlego da demanda e do consumo interno deve
cair. "Já há sinais de redução da
renda e do aumento do endividamento. Mesmo que haja uma
redução nos juros, eles continuarão muito altos para manter o ritmo do crédito."
Celso Toledo, economista da
MCM Consultores, afirma que,
diante das más notícias no PIB
trimestral, o aumento do consumo pode ser considerado um
"resíduo" positivo. "O país vive
política agressiva de transferência de renda. Mas a demanda externa não cresce com a interna. O resultado é uma economia que evolui muito pouco."
(PS e FCZ)
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