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Decisões passadas podem mudar, diz autarquia
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
À frente do Cade para assumir a polêmica decisão de manter avaliações equivocadas do
passado, a presidente da autarquia, Elizabeth Farina, indicou,
em entrevista à Folha, que nova análise da disputa entre
Souza Cruz e Philip Morris pode ter desfecho diferente.
"Mantivemos o entendimento para dar uma segurança jurídica institucional. Lógico que o
conselho do Cade pode adotar
decisões contrárias às que adotou no passado. Mas esse entendimento deveria ser honrado dentro do mesmo caso. Isso
não significa que vamos adotar
o mesmo critério em outro
processo", apontou Farina.
Ela também relativizou o engano cometido pelo Cade em
2000, quando aprovou contratos com cláusulas violadoras do
acordo firmado pela Souza
Cruz, o chamado TCC. "O ponto nevrálgico era a exclusividade das vendas. Outra cláusula
dizia respeito à exposição de
produtos", afirmou.
Farina, que disse estar adotando medidas para agilizar os
trabalhos do conselho e elevar
a efetividade das multas aplicadas, afirmou que "o Cade anterior tinha aprovado 1.080 contratos. Alguns, uma centena, tinham cláusula de exposição e
foram aprovados por unanimidade pelo conselho".
(ID e JS)
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