São Paulo, quinta, 1 de outubro de 1998

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BC admite que parte de reservas era frágil

da Sucursal de Brasília

O diretor de Política Monetária do Banco Central, Francisco Lopes, defendeu a imposição de restrições ao ingresso de capitais de curto prazo, tão logo o país se recupere da crise internacional.
Segundo ele, a forma mais adequada para afastar os capitais especulativos é aumentar a alíquota de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre eles.
Atualmente, o IOF que incide sobre investimentos até um ano é de 2%. E há maneiras de burlar esse imposto.
O diretor do BC disse que eventuais restrições seriam feitas somente no ingresso dos capitais ao país, e nunca na saída. Ele também descartou a adoção de sistemas de quarentena, que obriga a permanência do capital no país por um prazo mínimo, ou a imposição de recolhimentos compulsórios.
Ele afirmou que, da crise asiática até o início da crise russa, o país atraiu cerca de US$ 20 bilhões em capitais de curto prazo que deram apenas a sensação de que o BC tinha um grande volume de reservas em moeda estrangeira.
"Não eram reservas estruturais. Na verdade, nunca tivemos US$ 70 bilhões. Concretamente, as reservas estavam em torno de US$ 50 bilhões", disse.



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