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Bovespa lidera aplicações no mês, com alta de 7,7%
Dólar termina na lanterna, com recuo de 1,34% em outubro, vendido a R$ 2,14
No ano, Bolsa registra alta
de 17,36%; em 2002, até
outubro, a Bovespa tinha
perdas acumuladas de 25%,
devido à tensão eleitoral
DA REPORTAGEM LOCAL
O mês de outubro foi bastante positivo para o mercado
acionário brasileiro. A Bolsa de
Valores de São Paulo registrou
valorização de 7,72% no mês,
tornando-se a melhor opção de
investimento do período.
Na outra ponta, apareceu o
dólar, que terminou outubro
com baixa acumulada de 1,34%,
vendido a R$ 2,142.
No ano, esse resultado se repete: a Bovespa lidera com valorização acumulada de
17,36%, e o dólar aparece como
a pior aplicação, com uma queda de 7,87%.
O cenário é bem diferente do
experimentado pelo investidor
em 2002, ano da eleição presidencial que levou Lula pela primeira vez à Presidência.
Em outubro de 2002 a Bolsa
paulista entrava em um período de recuperação. Naquele
mês, subiu 18%. Mas no acumulado de 2002, até outubro, a
queda do Ibovespa -o principal índice da Bolsa- chegava a
25%.
No caso do dólar, a valorização entre janeiro e outubro de
2002 ficou em 56%. A moeda
norte-americana chegou a bater nos R$ 4 naquele ano, por
conta das turbulências geradas
pelo processo eleitoral.
Com a continuidade da queda da taxa básica de juros, a Selic, que está em 13,75%, os investidores estão encontrando
maiores obstáculos para lucrarem com as aplicações de renda
fixa. Com esse cenário somado
à recuperação da Bovespa,
crescem as possibilidades de os
investidores começarem a ter
mais interesse pelo mercado
acionário.
Os fundos DI renderam na
média 1,16% no mês passado. O
CDB (Certificado de Depósito
Bancário) chegou a pagar taxa
de 1,10% em outubro.
A caderneta de poupança
rendeu 0,69% no período.
Para o administrador de investimentos Fábio Colombo,
"os fundos DI, apesar das contínuas reduções dos juros dos últimos meses, continuam a proporcionar excelente juro real
bruto, sendo a opção mais rentável e segura no momento".
Com exceção do dólar, as
aplicações não encontraram
obstáculos para bater a inflação
no mês. O IGP-M registrou alta
de 0,47% em outubro. No ano, o
indicador de preços registra
elevação de 2,73%.
No mês passado, o mercado
acionário brasileiro voltou a receber recursos externos. E isso
foi fundamental para a Bovespa
registrar valorização no período. Entre maio e agosto, a Bolsa
perdeu líquidos R$ 5,6 bilhões
em capital externo.
As compras de ações feitas na
Bolsa pelos investidores estrangeiros em outubro, até o
dia 26, superavam as vendas
em R$ 1,39 bilhão.
Com a parada da elevação
dos juros americanos e o entendimento do mercado de que a
taxa básica dos EUA poderia
até vir a ser reduzida ainda em
2006, os investidores voltaram
a aplicar em ações brasileiras.
"Neste mês, as atenções continuarão voltadas à economia
norte-americana, principal fator de influência dos mercados,
por meio dos seus indicadores
de crescimento e inflação",
afirma Colombo.
Dia tranqüilo
No último dia do mês, o mercado doméstico operou com
tranqüilidade. A Bovespa terminou o pregão de ontem em
alta de 0,93%. O dólar recuou
0,37%, a R$ 2,142.
Hoje o mercado acompanhará o discurso do presidente do
Fed (o banco central norte-americano), Ben Bernanke. Os
investidores esperam que Bernanke fale sobre o desaquecimento econômico dos Estados
Unidos.
(FV)
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