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Bolsa recua 0,5% e dólar sobe 2,6%, para R$ 2,16
Após os ganhos acumulados durante a semana, investidores vendem as ações
Moeda americana fecha a semana com queda de 7,2%; ações do setor bancário e
de commodities são os
destaques de baixa no dia
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bovespa ensaiou uma recuperação no último pregão de
outubro, mas patinou e encerrou o dia com baixa de 0,51%.
Com isso, a queda acumulada
pela Bolsa de Valores de São
Paulo no mês ficou em 24,8%,
sendo uma das maiores perdas
registradas no mundo no período. Em seu quinto mês seguido
de baixa, a Bovespa registra depreciação de 41,68% no ano.
O dólar conseguiu se fortalecer ontem, ao encerrar as operações vendido a R$ 2,16, em alta de 2,61%. Todavia, a semana
foi de depreciação para a moeda norte-americana, que recuou 7,18% diante do real.
Os mercados acionários encerraram em alta na Europa e
nos EUA. A Bovespa, que chegou a se apreciar 1,33% no melhor momento do dia, não conseguiu se manter em terreno
positivo. Com os ganhos acumulados na semana, os investidores preferiram embolsar lucros, o que levou o índice Ibovespa ao vermelho no dia.
Os 37.256 pontos do fechamento de ontem estão 49,3%
abaixo da máxima histórica da
Bolsa -os 73.516 pontos registrados em 20 de maio.
A alta das ações da Petrobras
ajudou a amortecer a perda de
força da Bolsa durante o dia.
Com o petróleo negociado a
US$ 67,81 em Nova York, após
alta de 2,8%, as ações preferenciais da Petrobras, as mais negociadas da Bolsa, encerraram
com elevação de 2,01%.
Quem esteve dentre as maiores oscilações do dia foram os
papéis da Vale, devido ao anúncio da companhia de que irá diminuir sua produção. Após
chegar a recuar 5,7%, a ação ordinária da Vale encerrou com
alta de 2,15%.
"Apesar da melhora dos mercados nos últimos dias, com a
Bovespa voltando ao patamar
dos 37 mil pontos, seguimos
com expectativa de manutenção de volatilidade na próxima
semana. Os mercados devem
seguir operando ao sabor do
noticiário externo" afirma Júlio Martins, diretor da Prosper
Gestão de Recursos.
Com a Bolsa em alta de mais
de 18% na semana, os investidores optaram por embolsar
parte do lucro acumulado no
último pregão do mês.
Papéis do setor bancário e de
empresas ligadas ao desempenho das commodities estiveram entre os que mais recuaram no fim do dia. Nesses segmentos, o papel da Companhia
Siderúrgica Nacional se destacou, com desvalorização de
8,27%, seguido por Usiminas
PNA (-6,66%) e Gerdau PN (-2,50%). Dentre os bancos, os
destaques de baixa ficaram
com Nossa Caixa ON (-6,51%),
Bradesco PN (-3,05%) e Itaú
PN (-2,26%).
Dólar ainda caro
Apesar do recuo da semana, o
dólar ainda registrada apreciação de 21,55% em 2008.
A alta de ontem, mais acentuada pela tarde, teria ocorrido
devido a compras feitas por
uma grande exportadora, preocupada com compromissos em
operações cambiais.
"O mês foi dramático para o
câmbio, tendo sido fundamental o BC intensificar suas atuações para que a moeda se afastasse de seus picos", afirma
João Medeiros, diretor de câmbio da corretora Pionner.
No momento mais tranqüilo
do dia, o dólar bateu em R$
2,091 ontem. Se depender das
projeções das instituições financeiras, a moeda seguirá em
queda até o fim do ano. Segundo a última pesquisa semanal
do BC feita junto ao mercado, o
dólar deve estar na casa de R$
1,95 no fim de 2008.
Ontem a intervenção do Banco Central se resumiu à vendeu
de cerca de US$ 440 milhões
em contratos de "swap" cambial.
(FABRICIO VIEIRA)
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