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Bolsa dos EUA tem pior mês em dez anos
DA REDAÇÃO
O pior mês em dez anos da
Bolsa americana terminou com
a melhor semana para os mercados desde 1974, apesar da seqüência de dados ruins sobre a
principal economia mundial,
mostrando a enorme oscilação
desde o recrudescimento da
crise, em meados de setembro.
Em um dia marcado pela
queda nos gastos e na confiança
do consumidor, o índice Dow
Jones, o principal da Bolsa de
Nova York, subiu 1,57% e encerrou a semana com valorização de 11,29%, a maior alta desde outubro de 1974.
Em outubro, no entanto, o
Dow Jones se contraiu em
14,06% e teve o pior resultado
desde agosto de 1998, quando a
queda foi de 14,58%. Se não fosse a nova alta ontem, o índice
teria tido a maior retração desde o crash de outubro de 1987.
No ano, ele já caiu 29,70%.
A principal alta ontem entre
as 30 ações que compõem o índice foi a do JPMorgan Chase,
que se expandiu em 3,63%, depois que o banco anunciou a
suspensão por 90 dias dos arrestos de casas. Ele disse que,
durante esse período, vai implementar uma série de medidas para facilitar o pagamento
dos devedores. Segundo o banco, o programa poderá ajudar
400 mil famílias nos próximos
dois anos, com hipotecas que
somam US$ 70 bilhões.
Já o S&P 500 (mais amplo,
formado por 500 grandes empresas) terminou com a sua
melhor semana desde pelo menos janeiro de 1980, após subir
10,49% nos últimos cinco pregões. Mas acumulou desvalorização mensal de 16,94%, a
maior do índice em 21 anos. A
retração no ano é de 34,03%.
O mês passado também foi
ruim para a Nasdaq, que reúne
empresas de tecnologia. Apesar
da alta de 1,32% ontem, ela caiu
17,73% desde 1º de outubro, no
pior resultado mensal em mais
de sete anos.
Como tem ocorrido nos últimos dias, os mercados americanos têm se valorizado, apesar
dos últimos dados continuarem apontando que a economia
do país caminha ou já está em
recessão, que, caso confirmada,
será a primeira desde 2001.
Ontem foi a vez da queda nos
gastos dos consumidores, o
principal motor da maior economia do mundo, e a diminuição na confiança deles. Os gastos dos consumidores se contraíram em 0,3% em setembro,
depois de ficarem estagnados
nos dois meses anteriores.
O resultado foi o pior desde
junho de 2004, mas já havia a
expectativa de que ele viesse
ruim após a divulgação anteontem do PIB no terceiro trimestre, que caiu 0,3%.
Os dados apontaram retração de 3,1% nos gastos dos consumidores (que representam
70% do PIB), que foi a primeira
queda em 17 anos e a maior desde 1980.
Já a confiança dos consumidores caiu de 70,3 pontos em
setembro para 57,6 pontos em
outubro, na maior queda do índice criado em 1978.
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