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Aumenta a idade média das trabalhadoras
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Além do aumento da participação de diaristas, uma mudança ocorrida no mercado de
trabalhadores domésticos diz
respeito ao envelhecimento
das profissionais durante a última década.
Em 1998, 32% delas tinham
até 24 anos. Dez anos depois,
essa mesma proporção caiu para 17%. A faixa etária que mais
cresceu foi a de 45 a 59 anos,
que passou de 17% para 26% da
categoria.
Uma das explicações do estudo do Ipea para esse movimento é o pequeno aumento de escolaridade no Brasil, que abre
novas perspectivas para as mulheres mais jovens, principalmente as que têm entre 18 e 24
anos, além do desvalorizado
trabalho doméstico.
"Como o Brasil está aumentando o nível educacional, tem
muito pouca mulher jovem disposta a aceitar trabalhar como
doméstica. Elas acabam vendo
isso como uma ocupação temporária", afirma Simone Wajnman, da UFMG.
Para ter uma ideia, as domésticas nessa faixa etária tinham
em 2008, em média, oito anos
de estudo, o que significa pouco
mais do que o ensino fundamental completo. Dez anos antes, em 1998, a média ficava em
5,6 anos de escola.
Já as mais velhas, com 60
anos ou mais, estudaram pouco
mais do que três anos, o que,
além da idade em si, dificulta a
procura por um novo tipo de
trabalho no mercado.
A expansão das matrículas na
educação, por outro lado, não
impediu que o Brasil ainda tivesse, no ano passado, 305 mil
meninas entre 10 e 17 anos
-em idade escolar, portanto-
trabalhando como empregadas
domésticas. Em 1998, elas
eram 490 mil.
A participação das mulheres
mais novas, com até 24 anos, no
trabalho doméstico varia de
acordo com cada região. No Sudeste, no Sul e no Centro-Oeste, a proporção varia de 13% a
19% das diaristas.
Nas regiões Nordeste e Norte, elas representam 30% e 26%
das diaristas, respectivamente.
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