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Juros só caem com redução do spread bancário
DA REPORTAGEM LOCAL
A redução do spread bancário - a diferença entre as
taxas de juro que o banco
paga na captação de recursos e a que cobra quando
empresta dinheiro- é o caminho para que o país tenha,
no futuro, juros civilizados.
Essa é, em síntese, a posição da Febraban (Federação
Brasileira dos Bancos), segundo o presidente da comissão de economia da entidade, Octavio de Barros.
Segundo dados do Banco
Central, o spread geral do
sistema bancário chegou a
39,7% em outubro. "O
spread é alto, pois a taxa básica, que é o custo de oportunidade das instituições financeiras, é alta", diz Barros.
Uma das questões que afetam o spread bancário, segundo Barros, é a inadimplência elevada. Dados do
BC mostram que a inadimplência chegou a 12,5% do
total do crédito concedido
no sistema bancário, em outubro deste ano. "A inadimplência explica um terço do
spread", diz Barros.
No entanto, atraso de pagamento não significa, necessariamente, calote. "Os
devedores renegociam e acabam pagando, por isso a insolvência é baixa", diz Alberto Borges Matias, da ABM
Consulting. Segundo o indicador de insolvência da
ABM apenas 5,82% do total
de empréstimos bancários
não são pagos.
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