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foco
Armani e Valentino
se rendem à internet e abrem lojas virtuais
DA BLOOMBERG
As casas de moda italianas,
entre elas a Giorgio Armani e
o Valentino Fashion Group,
que tradicionalmente desprezavam a internet, estão
testando lojas virtuais nesta
temporada em busca por novas fontes de receita.
A recessão, a pior desde a
Segunda Guerra, e a aceitação, pelos italianos, das compras pela internet -mesmo
para artigos caros- estão levando a um aumento no uso
das lojas virtuais no setor de
luxo. O designer Roberto Cavalli e a fábrica de sapatos
Salvatore Ferragamo abriram "e-lojas" nas últimas
cinco semanas.
"Prevejo um boom significativo nas vendas de artigos
de luxo pela internet no período de Natal", disse Alessandro Perego, professor encarregado de pesquisa sobre
comércio virtual na Escola
de Administração da Politécnica de Milão. "Nos últimos
12 meses, o número de sites
aumentou significativamente. As taxas de crescimento
em 2010 se equipararão ou
ultrapassarão as deste ano."
Consumidores mais jovens, com mais experiência
de internet e com "vergonha
do luxo", que faz com que os
clientes evitem entrar em
butiques, contribuem para o
boom das vendas virtuais de
moda. Prevê-se que as vendas pela internet de bens de
luxo na Itália subam 42%,
para 335 milhões (US$
500 milhões) neste ano, segundo a Politécnica.
Comparativamente, no
setor da moda como um todo, as vendas declinaram
6%, para 3,48 bilhões, segundo pesquisa do consultor
de moda Carlo Pambianco.
"As pessoas se sentem culpadas em sair para fazer
compras", disse Paola Durante, diretora do Bank of
America Merrill Lynch, em
Milão. Algumas pessoas talvez se sintam mais à vontade
comprando de casa ou do escritório, pela internet.
As marcas de luxo estão
disponíveis na web americana há ao menos quatro anos.
Segundo estudo da Deloitte, cerca de 14% dos italianos
farão suas compras de fim de
ano pela internet, Mais escolha, evitar as lojas lotadas e
falta de tempo para fazer
compras estão entre os motivos citados para tanto. A
maior desvantagem é não
poder ver ou tocar diretamente os artigos.
Os livros ainda são o artigo
mais desejado para compras
on-line na Itália, seguidos de
roupas e sapatos.
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