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JUSTIÇA
Procurador quer elevar pena de 21 anos de prisão de Edemar
MARIO CESAR CARVALHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Edemar Cid Ferreira foi
condenado em dezembro último a 21 anos de prisão, a
maior pena já aplicada a um
banqueiro no Brasil. O procurador Silvio Luís Martins
de Oliveira considera, no entanto, que os 21 anos não são
suficientes para dar conta de
todos os crimes que Edemar
cometeu. Ele quer uma pena
maior para o ex-banqueiro e
outros quatro executivos do
banco. Quer também que 13
executivos que foram absolvidos recebam alguma pena.
O procurador defende um
aumento da pena para Edemar por considerar que o juiz
Fausto Martin de Sanctis foi
branco ao dosar a condenação por gestão fraudulenta
de instituição financeira. A
pena para esse crime varia de
3 a 12 anos de reclusão, enquanto Edemar recebeu 4
anos e 6 meses.
É muito pouco, na opinião
do procurador, diante do
rombo deixado pelo Banco
Santos, de R$ 2,3 bilhões -o
"caso mais grave de gestão
fraudulenta de instituição financeira" já visto no Ministério Público Federal de São
Paulo, na opinião de Martins
de Oliveira. Se o pleito for
atendido, a pena do ex-banqueiro pode atingir 28 anos e
seis meses de prisão, caso seja aplicado o tempo máximo
de reclusão previsto em lei.
Pelo mesmo motivo, o Ministério Público Federal
também quer elevar a pena
aplicada aos integrantes da
cúpula do Santos: Rodrigo
Cid Ferreira, filho de Edemar, Ricardo Ferreira de
Souza e Silva, sobrinho do
ex-banqueiro, e os executivos Mário Arcângelo Martinelli e Álvaro Zucheli Cabral.
Martinelli (ex-superintendente) foi condenado a 18
anos e 8 meses de prisão. Os
outros três pegaram 16 anos.
A pena deles pode aumentar
em sete anos e 9 meses.
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