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Microsoft oferece US$ 44,6 bi por Yahoo!
Contra avanço do Google, empresa propõe maior negócio da internet desde fusão entre AOL e Time Warner em 2000 Ação do Yahoo! subiu 48% ontem, mas está muito distante do preço de 1º de fevereiro de 2006, quando valia mais de US$ 300
Spencer Platt - 2.mar.05/France Presse
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Jerry Yang (à dir.) e David Filo (à esq.), fundadores do Yahoo! |
DA REDAÇÃO
Em uma tentativa de brecar
os avanços do Google no crescente mercado de publicidade
on-line, a Microsoft anunciou
ontem que ofereceu US$ 44,6
bilhões pelo Yahoo!. Caso o negócio seja concretizado, será o
segundo maior envolvendo
empresas da internet, superado apenas pela compra da Time
Warner pela AOL (US$ 182 bilhões), em 2000, antes do estouro da bolha do setor.
O valor oferecido pela Microsoft é 62% superior ao preço
das ações do Yahoo! anteontem, quando toda a companhia
tinha valor de mercado de US$
25,6 bilhões.
As duas empresas vêm enfrentando dificuldades para
competir com o Google no setor de publicidade na internet,
um dos mais lucrativos da área.
No ano passado, segundo o
"Wall Street Journal", o Google
faturou US$ 11,7 bilhões com as
vendas de publicidade, contra
US$ 5,1 bilhões do Yahoo! e
US$ 2,8 bilhões da Microsoft.
A companhia de Bill Gates
calcula que esse mercado "cada
vez mais dominado por um
"player'" totalizou US$ 40 bilhões no ano passado e deve
chegar a US$ 80 bilhões em
2010. "Juntos, Microsoft e Yahoo! podem oferecer uma alternativa competitiva, ao mesmo tempo em que podem melhor satisfazer consumidores e
parceiros", disse o presidente-executivo da Microsoft, Steve
Ballmer, em carta aos acionistas do Yahoo! .
A Microsoft disse que a fusão
gerará uma economia anual de
cerca de US$ 1 bilhão. Disse
ainda que tem um plano para
integrar os trabalhadores das
duas companhias e que pretende oferecer incentivos para que
os funcionários do Yahoo! sigam na empresa.
Ballmer disse que falou na
noite de anteontem com Jerry
Yang, presidente do Yahoo!,
para revelar a oferta: "Eu não
chamaria de uma ligação de
cortesia".
Ballmer afirmou que decidiu
fazer uma oferta pela concorrente porque negociações amigáveis poderiam levar muito
tempo e, provavelmente, se
tornariam públicas. Sugeriu
ainda que o negócio não deve
ser fechado facilmente. Em nota, o Yahoo! afirmou que avaliará a oferta "cuidadosamente" e
de acordo com os planos estratégicos da companhia. Porta-voz do Google disse que é "prematuro" comentar o negócio.
Com o anúncio, a ação do Yahoo! disparou e terminou o dia
com alta de 47,97%, a US$
28,38. Apesar da subida, as
ações da empresa se valorizaram em 5,59% neste ano. Mas a
cotação ainda está muito distante dos seus melhores tempos. Em 1º de fevereiro de
2006, os papéis valiam US$
317,38 -20 dias antes, eles valiam mais de US$ 400. As ações
da Microsoft caíram 6,6% ontem, e as do Google, 8,58%.
Na carta ao conselho do Yahoo!, Ballmer disse que as duas
companhias discutiram uma
possível fusão e outras possibilidades de parceria no final de
2006 e no começo do ano passado, mas que, em fevereiro de
2007, a concorrente decidiu
encerrar as negociações porque
a sua direção estava confiante
no seu "potencial de alta".
"Um ano se passou e a situação competitiva não melhorou", escreveu o principal executivo da Microsoft. Por isso,
segundo ele, "enquanto uma
parceria comercial podia fazer
sentido há algum tempo, a Microsoft acredita que a única alternativa agora é a combinação
que estamos propondo".
O Yahoo! vem passando por
sérias dificuldades nos últimos
tempos. Ele ganhou US$ 660
milhões em todo 2007, praticamente metade do que o Google
lucrou no último trimestre do
ano passado: US$ 1,21 bilhão
-resultado que foi considerado
decepcionante.
Em junho de 2007, Yang, um
dos fundadores da companhia,
assumiu o seu comando, substituindo Terry Semel, que estava no cargo de 2001. Na terça-feira, Yang disse que pretende
demitir 1.000 dos 14.300 funcionários do Yahoo!.
Com o "New York Times"
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