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ARGENTINA
Presidente responde a pressão
Kirchner diz não pagar dívida "com fome do povo"
DA FOLHA ONLINE
O presidente da Argentina,
Néstor Kirchner, disse ontem, na
abertura das sessões ordinárias
do Congresso argentino, que o
país não pode aumentar "milagrosamente" os recursos para
melhorar sua oferta aos credores
da Argentina e que não vai pagar
a dívida "com a fome do povo".
"A massa de recursos é a que
existe e não se pode aumentá-la
milagrosamente", disse Kirchner
no Congresso, ao responder às
exigências do FMI de que o país
melhore sua proposta de reduzir
em 75% sua dívida (em "default")
de US$ 81 bilhões.
"Os organismos internacionais
devem respeitar o acordo", disse
Kirchner. "A mudança constante
de regras e as pressões não conduzem a uma relação de boa-fé."
A diretoria do Fundo deve se reunir nos próximos dias para analisar se aprova as metas de acordo
firmado com a Argentina em
meio a pressões para que melhore
a oferta aos credores privados.
Kirchner discursou por pouco
mais de uma hora e apontou a dívida, a pobreza e o desemprego
como os principais desafios de
seu governo -que termina em
2007. "Não há país viável com
55% da população vivendo abaixo da linha da miséria." Mesmo
com um crescimento recorde de
8,4% em 2003, Kirchner disse que
o país "apenas saiu do inferno".
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