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Dólar volta a ficar abaixo de R$ 1,80; Bolsa sobe 1%
Tremor no Chile eleva cotação de commodities metálicas
EPAMINONDAS NETO
DA FOLHA ONLINE
TONI SCIARRETTA
DA REPORTAGEM LOCAL
A taxa de câmbio brasileira
terminou ontem abaixo do patamar psicológico de R$ 1,80
pela primeira vez em seis semanas, enquanto a Bolsa paulista
teve sua terceira sessão seguida
de ganhos. Os mercados reagiram bem às notícias sobre aquisições bilionárias e mostraram
menos nervosismo a respeito
da delicada situação europeia.
A moeda americana recuou
0,55% e terminou negociada a
R$ 1,797. O mercado de câmbio
movimentou apenas US$ 2,7
bilhões, volume bastante abaixo dos US$ 4 bilhões da média
até meados de fevereiro. Ontem, o Banco Central adquiriu a
moeda a R$ 1,796, mexendo
muito pouco com a taxa.
A explicação para a queda ontem do dólar não foi unânime.
Logo pela manhã, os relatórios
de gestores financeiros e corretoras mencionavam rumores
de uma possível ajuda financeira da União Europeia à Grécia,
país da zona do euro abalado
por problemas nas contas públicas. Oficialmente, a UE se limitou a pedir reformas estruturais ao país mediterrâneo para sanear seus deficits.
Outros analistas citaram a
ação dos agentes financeiros
quando o preço da moeda americana encostou em R$ 1,79, algo que já havia ocorrido por
instantes na semana passada.
Investidores trabalham com
patamares máximos e mínimos
de preços e mantêm ou desmontam "apostas" conforme a
cotação atinge esses valores.
Abaixo de R$ 1,80, a taxa de
câmbio pode ter disparado
ajustes que deixaram o dólar
pouco acima da cotação mínima do dia, de R$ 1,795.
Para profissionais das corretoras, a moeda norte-americana deve oscilar em torno de R$
1,79 ou abaixo disso nos próximos dias, caso o otimismo seja
reforçado. "Se os próximos indicadores dos EUA forem bons,
nós podemos ver o dólar até
caindo muito rapidamente",
diz Reginaldo Galhardo, diretor da corretora Treviso.
No mercado de ações, a Bolsa
iniciou março com alta de
1,09% no Ibovespa, que terminou marcando 67.227 pontos.
A Bolsa movimentou R$ 5 bilhões, também abaixo da média
de R$ 6,5 bilhões de fevereiro."Começamos bem março,
mas o volume só vai voltar com
os estrangeiros", disse Pedro
Galdi, da corretora SLW.
Para Osmar Camilo, analista
da corretora Socopa, o Ibovespa tem condições de passar de
70 mil pontos ainda em março,
se houver uma trégua na instabilidade global. "Não estamos
tão longe assim."
O terremoto no Chile elevou
os preços de commodities metálicas, em particular o do cobre, que subiu 3,71%. Também
pressionou o preço do níquel,
que subiu mais 4,27%; nos últimos 30 dias, o níquel já acumula alta de 18,56%.
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