|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
outro lado
Lavrador não quer equipamento, afirma produtor
DA ENVIADA A RIBEIRÃO BRANCO
O descaso com ambiente,
segurança e saúde do trabalhador na plantação de tomate não é generalizado, segundo Joel de Souza Meira, presidente do Sindicato Rural
de Ribeirão Branco.
""O sindicato [que reúne
80 produtores de tomate]
não apoia maus-tratos aos
trabalhadores. Se existe problema, isso ocorre com um
ou outro produtor."
Meira diz que os produtores de tomate fornecem, sim,
roupas e equipamentos para
os trabalhadores.
"Só que o pessoal não gosta
de usar porque acha incômodo. Produtores mais organizados pedem até que o empregado assine um termo de
que recebeu o equipamento.
Antigamente tinha sacanagem com o trabalhador. Hoje, não", afirmou.
O presidente do sindicato
rural afirma que "é preciso
olhar também o lado do produtor", que geralmente não
tem recursos para oferecer
mais para o empregado.
"Na verdade, o produtor de
tomate, hoje, tem de apostar
na desgraça do outro. Se uma
região inunda ou tem excesso de doença e a plantação fica prejudicada, o preço sobe.
E quem se beneficia é o produtor da área que não sofreu
com chuvas ou pragas."
Sidnei de Oliveira, proprietário da lavoura do sítio
City Paraíso, com 40 mil pés
de tomate, afirma que a situação trabalhista dos empregados "está toda certa" e
que fornece equipamentos e
roupas para os empregados.
A sua produção é 100% vendida para o dono de uma
banca da Ceasa de Campinas.
O produtor Vanderlei Aparecido Gonçalves, que tem
uma lavoura com cerca de 90
mil pés de tomate na fazenda
São Sebastião, diz que vai regularizar as condições de
saúde e de segurança do trabalhador.
"A gente procura melhorar
a cada dia na medida em que
vai obtendo mais informação", afirma Gonçalves.
(FF)
Texto Anterior: Saiba mais: Cultura da laranja tem piores condições Próximo Texto: Com cenário positivo, safra de cana é antecipada Índice
|