São Paulo, terça-feira, 02 de março de 2010

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outro lado

Lavrador não quer equipamento, afirma produtor

DA ENVIADA A RIBEIRÃO BRANCO

O descaso com ambiente, segurança e saúde do trabalhador na plantação de tomate não é generalizado, segundo Joel de Souza Meira, presidente do Sindicato Rural de Ribeirão Branco.
""O sindicato [que reúne 80 produtores de tomate] não apoia maus-tratos aos trabalhadores. Se existe problema, isso ocorre com um ou outro produtor."
Meira diz que os produtores de tomate fornecem, sim, roupas e equipamentos para os trabalhadores.
"Só que o pessoal não gosta de usar porque acha incômodo. Produtores mais organizados pedem até que o empregado assine um termo de que recebeu o equipamento. Antigamente tinha sacanagem com o trabalhador. Hoje, não", afirmou.
O presidente do sindicato rural afirma que "é preciso olhar também o lado do produtor", que geralmente não tem recursos para oferecer mais para o empregado.
"Na verdade, o produtor de tomate, hoje, tem de apostar na desgraça do outro. Se uma região inunda ou tem excesso de doença e a plantação fica prejudicada, o preço sobe. E quem se beneficia é o produtor da área que não sofreu com chuvas ou pragas."
Sidnei de Oliveira, proprietário da lavoura do sítio City Paraíso, com 40 mil pés de tomate, afirma que a situação trabalhista dos empregados "está toda certa" e que fornece equipamentos e roupas para os empregados. A sua produção é 100% vendida para o dono de uma banca da Ceasa de Campinas.
O produtor Vanderlei Aparecido Gonçalves, que tem uma lavoura com cerca de 90 mil pés de tomate na fazenda São Sebastião, diz que vai regularizar as condições de saúde e de segurança do trabalhador.
"A gente procura melhorar a cada dia na medida em que vai obtendo mais informação", afirma Gonçalves. (FF)


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