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São Paulo, sexta-feira, 02 de maio de 2003

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Felício vai a ato da "CUT do B" e nega racha

CÍNTIA CARDOSO
DA REPORTAGEM LOCAL

Anunciado como um evento da corrente de esquerda da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e de outras organizações como o PSTU, o PCO e o MST, a manifestação que aconteceu ontem na praça da Sé contou com a participação do presidente da central, João Felício.
"A CUT está unida. Vou estar em todos os atos onde a CUT estiver. Foi só pela imprensa que fiquei sabendo que este era um ato da esquerda. Eu sou de esquerda, logo tenho que estar aqui. Não sou radical. Sou, sim, radicalmente contra certos aspectos da reforma", disse Felício a manifestantes da CUT que se concentravam na praça da Sé na manhã de ontem.
O discurso marcou a abertura da manifestação de 1º de Maio organizada pela "CUT do B". Para José Maria de Almeida, presidente do PSTU e da direção nacional da central sindical, entretanto, não há motivos para dizer que o ato de ontem agrupava representantes da "CUT do B".
"Não somos o lado B. Aqui estão representados todos os movimentos de base da CUT." No entanto, ele fez críticas a outros segmentos da central. "Há pessoas na CUT que têm se afastado da verdadeira origem no movimento fazendo festas [em referência a outros atos da CUT realizados ontem em São Paulo]. Hoje [ontem] não é dia de festa, mas de luta. A CUT não pode perder a independência só porque Lula está no governo", afirmou.
As principais críticas ao governo feitas pelos manifestantes eram referentes às propostas de reforma previdenciária. Mas o superávit primário recorde -de 6,24% do PIB- também foi alvo de protestos. "Esse dinheiro economizado para formar o superávit foi o que faltou para investir em educação, saúde e emprego", disse Dirceu Travesso, da executiva nacional da CUT.
Após a concentração na praça da Sé, os manifestantes -2.000, segundo a CUT e 1.200 para a Polícia Militar- seguiram em passeata pelo centro de São Paulo. Em frente ao prédio do BankBoston, queimaram uma bandeira dos EUA sob um coro de vaias para o presidente americano, George W. Bush, e para o presidente do BC, Henrique Meirelles.


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