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No mundo, confrontos marcam 1º Dia do Trabalho na crise
DA REDAÇÃO
Centenas de milhares de trabalhadores europeus fizeram
protestos ontem, no primeiro
Dia do Trabalho desde que
eclodiu a crise global.
Houve atos de violência e
confrontos com a polícia na
Grécia, Alemanha e Turquia.
Manifestantes protestavam
contra a alta do desemprego e a
perda de benefícios, mas se
viam poucas propostas específicas para enfrentar a crise.
Em Paris, as divididas centrais sindicais francesas se uniram pela primeira vez em décadas para promover uma marcha conjunta que terminou na
Praça da Bastilha.
"Há cinco ou seis vezes mais
manifestantes do que costuma
haver em um Dia do Trabalho
normal", disse François Chérèque, presidente da central sindical CDTF.
A polícia estimou o comparecimento de 465 mil pessoas às
manifestações, enquanto os
sindicatos informaram que 1,2
milhão de franceses saíram às
ruas no país. No ano passado, os
eventos atraíram apenas entre
100 mil e 200 mil pessoas.
A Espanha, que trocou a posição de uma das mais fortes
economias da Europa pela de
líder no número de desempregados, viu dezenas de milhares
de pessoas saírem às ruas. Ainda assim, a participação não foi
tão maciça quanto os líderes
sindicais esperavam.
Um protesto na capital alemã
terminou em violência quando
um grupo começou a arremessar garrafas e objetos em chamas contra a polícia. As autoridades informaram que 28 pessoas foram detidas em Berlim e
200 em Dortmund (oeste).
Na vizinha Áustria, as autoridades informaram que 5 pessoas foram detidas e outras 20
ficaram feridas.
Já em Moscou, milhares de
militantes comunistas se reuniram perto de uma estátua de
Karl Marx e pediram a renúncia do governo, a quem acusaram de ignorar as necessidades
dos russos comuns e de administrar mal a economia.
Para marcar o Dia do Trabalho, o presidente da Bolívia,
Evo Morales, ordenou a nacionalização da empresa britânica
de fornecimento de combustível de aviação Air BP. Morales
determinou um período de 120
dias para avaliar a indenização.
Na Venezuela, as manifestações organizadas pelos partidos de oposição acabaram em
confrontos com a polícia. O
presidente Hugo Chávez também ordenou a ocupação de um
engenho de açúcar em Sucre,
após decretar sua expropriação
na quarta.
Com agências internacionais
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