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Empresa será criada somente para emitir bônus
da Sucursal do Rio
Com o objetivo de ajudar as empresas brasileiras que captaram recursos em dólares antes da desvalorização do real e estão em dificuldades para refinanciar seus débitos, o BNDES está montando um
esquema com o Banco do Brasil e a
Goldman Sachs para facilitar esse
refinanciamento.
O mecanismo consistirá na criação de uma empresa do tipo SPE
(Sociedade de Propósito Específico) com o único objetivo de emitir
bônus com prazo de dez anos.
Os bônus serão oferecidos para
troca aos investidores em bônus de
empresas brasileiras que estejam
preocupados com o resgate dos
papéis. O investidor dá o bônus da
empresa pelo valor de mercado
atual e recebe em troca o valor
equivalente em papéis dessa SPE.
Em troca de ficar com um papel
de mais longo prazo (a média das
empresas brasileiras é de três anos
e meio) e ainda pagar pedágio por
isso, o investidor terá a garantia
adicional de que o BNDES cobrirá
calotes equivalentes a até dois anos
de juros dos papéis da SPE.
O volume dos bônus passíveis de
troca pode chegar a US$ 26,5 bilhões, mas o BNDES prevê que o
total não atingirá US$ 2 bilhões.
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