São Paulo, sábado, 02 de junho de 2001

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MERCADO FINANCEIRO

Alta da moeda norte-americana neste ano supera os 22%; Bolsa paulista sobe 0,96%

Dólar fecha com nova cotação recorde

DA REPORTAGEM LOCAL

A alta acumulada do dólar superou os 22% neste ano com a valorização de ontem, quando a moeda dos EUA encerrou os negócios vendida em nova cotação recorde no Real, R$ 2,382.
Os investidores ficaram atentos à divulgação dos prazos e taxas dos papéis que o governo argentino utilizará na megatroca da dívida de curto prazo.
Como o tamanho da operação só será conhecido na segunda, o mercado preferiu ser cauteloso ontem e os negócios com dólares foram bastante reduzidos durante todo o dia.
O preço do dólar subiu de forma mais consistente pela manhã e chegou a ser negociado a R$ 2,396 (alta de 0,88%), mas perdeu força para fechar com valorização de 0,29%.
"Nos negócios da manhã, a impressão era a de que o mercado estava tentando forçar o Banco Central a voltar a intervir no câmbio", afirma Carlos Alberto Abdalla, diretor da corretora Souza Barros.
Na Bolsa paulista, o volume financeiro encolheu mais um pouco, e ficou em R$ 491 milhões.
Na semana, o Ibovespa -índice que reflete o comportamento dos 56 principais papéis da Bolsa- subiu 3,36%. Ontem, a Bolsa fechou com alta de 0,96%.
As ações preferenciais da Transmissão Paulista foram o destaque dos negócios ontem. No fim do pregão, os papéis registravam alta de 14,4%, que foi disparada a maior do dia.
Analistas afirmam que a alta do papel foi uma recuperação das perdas acumuladas nas últimas semanas: somente em maio, as ações recuaram 20%.
Na segunda-feira, a divulgação do volume que alcançará a megatroca dos papéis de curto prazo da dívida argentina proposta pelo governo do país dará o tom nos negócios. O sucesso da operação será fundamental para manter a calma no mercado doméstico.
Os juros voltaram a encerrar o pregão da BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros) com alta. No contrato DI (juro interbancário) de outubro, o mais negociado, a projeção dos juros subiu de 20,10% para 20,31 anuais.
Os principais títulos da dívida brasileira comercializados no mercado externo, os C-Bonds, tiveram um dia calmo e fecharam com 0,26% de alta, vendidos a US$ 0,7394. (FABRICIO VIEIRA)



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