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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@grupofolha.com.br
Tolmasquim propõe troca das termelétricas a óleo para gás
O presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética),
Maurício Tolmasquim, encaminhou ontem uma nota técnica ao ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, propondo
que as usinas térmicas movidas
a óleo combustível que foram
leiloadas, mas não foram ainda
construídas, sejam convertidas
para gás natural.
No documento, Tolmasquim
afirma que há várias vantagens
do gás em relação ao óleo combustível. Em primeiro lugar, a
menor emissão de gás carbônico, depois, a situação mais confortável de oferta de gás no país,
e, além disso, o preço mais barato do combustível e a maior
facilidade de transporte.
Nos últimos leilões para novos empreendimentos de geração de energia, com suprimentos previstos para 2011 e 2013, a
grande predominância tem sido de térmicas movidas a óleo.
O número de novas hidrelétricas, em razão da demora na obtenção de licenciamento ambiental, tem sido pequeno, assim como o das termelétricas a
gás, que enfrentavam problemas de escassez.
A concentração de térmicas a
óleo nos leilões gerou muitas
críticas por parte principalmente dos ambientalistas. O
óleo combustível emite muito
mais CO2 do que o gás, o que
ameaça sujar a matriz energética brasileira, considerada
uma das mais limpas do mundo. O principal objetivo de Tolmasquim é tentar corrigir esse
problema.
A grande dificuldade, porém,
é a logística. As usinas térmicas
que foram convertidas a gás
precisam estar localizadas próximas de gasodutos, senão será
impossível realizar a troca.
Tolmasquim afirma que o
programa de conversão das
usinas a óleo para o gás será
aberto a todos os empreendedores. Eles terão apenas que
manifestar interesse à Petrobras. Se não houver gás suficiente, serão escolhidos pela
Petrobras aqueles que oferecerem o maior desconto no preço
final da energia.
"Todos saem ganhando com
esse programa", afirma Tolmasquim.
VENTO
A Caixa Econômica Federal contabiliza R$ 375,8 milhões em financiamento para usinas eólicas. Até o final
do ano, o banco pretende financiar mais R$ 800 milhões para dez parques eólicos de Santa Catarina.
CIRANDA
Brian Fetherstonhaugh,
presidente mundial do grupo OgilvyOne, chega a São
Paulo hoje para anunciar
mudanças nas operações
brasileiras. Renato de Paula,
que hoje conduz a agência de
publicidade e o grupo Ogilvy
no Brasil, passa a gerir apenas o grupo. À frente da
agência estará Sergio Augusto Alves, ex-diretor da Ogilvy
Consulting.
IMPRESSIONISTA
O banco Real elevou em
10% sua carteira de clientes
do segmento Van Gogh, de
alta renda, nos últimos 12
meses, atingindo 900 mil
contas ativas. Os investimentos do segmento cresceram 26% no período. O banco atribui o resultado ao foco
na assessoria financeira.
PREOCUPADOS
Pesquisa da consultoria de
educação executiva HSM
mostra que a maior preocupação de 58% dos executivos
é conseguir executar a estratégia da empresa. Em seguida, está manter o equilíbrio
entre vida pessoal e profissional (45%).
SONHO
Entre os principais sonhos
dos 520 executivos ouvidos
na pesquisa estão ser um líder inspirador (62%) e ter
mais qualidade de vida
(58%). O resultado será divulgado hoje no Fórum
Mundial de Liderança e Alta
Performance, promovido
pela HSM e pela Empreenda.
PLATAFORMA
A GDK entrará no mercado de construção de plataformas de exploração de petróleo. A meta é participar
das encomendas do pré-sal.
REÚSO
A AmBev teve receita adicional de R$ 72,6 milhões
com o reaproveitamento de
98% dos resíduos em 2008.
ARTE NA PRAÇA
A praça Benedito Calixto, em SP, ganha amanhã um novo
espaço de arte, o Arterix. Para combater o clima formal, Jaqueline Martins e Marcos Sancovsky, que estão à frente do
espaço, evitam conceituá-lo como galeria. Focado em colecionadores jovens, o Arterix terá um ambiente com móveis
modernos, objetos e "toy art". Vai receber obras de fotógrafos e artistas plásticos como Tripolli, Roberto Setton, Carmela Gross, Claúdio Tozzi e Dudu Santos. "Queríamos fazer
um lugar descontraído, casual. Hoje há muita gente de 30
anos interessada em consumir arte, também como um investimento, mas fora do patamar de preços muito altos", diz
Martins. O carro-chefe do Arterix é a arte contemporânea.
BANHO DE CREME
A grife francesa Mary
Cohr Paris, de cosméticos
e tratamentos estéticos,
inaugura amanhã um espaço-conceito no Brasil,
em SP. Lucia Curado, presidente da distribuidora
da marca no país, é responsável pelo projeto. "A
marca já conquistou um
prestígio no país e achamos que é a hora de consolidá-la." O tratamento é
padronizado pela Mary
Cohr, que está presente
em 65 países. O custo médio da sessão é de R$ 200.
"A crise não nos prejudica, porque temos poucos
concorrentes no Brasil."
com JOANA CUNHA e MARINA GAZZONI
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