São Paulo, terça-feira, 02 de junho de 2009

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GUILHERME BARROS - guilherme.barros@grupofolha.com.br

Tolmasquim propõe troca das termelétricas a óleo para gás

O presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), Maurício Tolmasquim, encaminhou ontem uma nota técnica ao ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, propondo que as usinas térmicas movidas a óleo combustível que foram leiloadas, mas não foram ainda construídas, sejam convertidas para gás natural.
No documento, Tolmasquim afirma que há várias vantagens do gás em relação ao óleo combustível. Em primeiro lugar, a menor emissão de gás carbônico, depois, a situação mais confortável de oferta de gás no país, e, além disso, o preço mais barato do combustível e a maior facilidade de transporte.
Nos últimos leilões para novos empreendimentos de geração de energia, com suprimentos previstos para 2011 e 2013, a grande predominância tem sido de térmicas movidas a óleo. O número de novas hidrelétricas, em razão da demora na obtenção de licenciamento ambiental, tem sido pequeno, assim como o das termelétricas a gás, que enfrentavam problemas de escassez.
A concentração de térmicas a óleo nos leilões gerou muitas críticas por parte principalmente dos ambientalistas. O óleo combustível emite muito mais CO2 do que o gás, o que ameaça sujar a matriz energética brasileira, considerada uma das mais limpas do mundo. O principal objetivo de Tolmasquim é tentar corrigir esse problema.
A grande dificuldade, porém, é a logística. As usinas térmicas que foram convertidas a gás precisam estar localizadas próximas de gasodutos, senão será impossível realizar a troca.
Tolmasquim afirma que o programa de conversão das usinas a óleo para o gás será aberto a todos os empreendedores. Eles terão apenas que manifestar interesse à Petrobras. Se não houver gás suficiente, serão escolhidos pela Petrobras aqueles que oferecerem o maior desconto no preço final da energia.
"Todos saem ganhando com esse programa", afirma Tolmasquim.

VENTO
A Caixa Econômica Federal contabiliza R$ 375,8 milhões em financiamento para usinas eólicas. Até o final do ano, o banco pretende financiar mais R$ 800 milhões para dez parques eólicos de Santa Catarina.

CIRANDA
Brian Fetherstonhaugh, presidente mundial do grupo OgilvyOne, chega a São Paulo hoje para anunciar mudanças nas operações brasileiras. Renato de Paula, que hoje conduz a agência de publicidade e o grupo Ogilvy no Brasil, passa a gerir apenas o grupo. À frente da agência estará Sergio Augusto Alves, ex-diretor da Ogilvy Consulting.

IMPRESSIONISTA
O banco Real elevou em 10% sua carteira de clientes do segmento Van Gogh, de alta renda, nos últimos 12 meses, atingindo 900 mil contas ativas. Os investimentos do segmento cresceram 26% no período. O banco atribui o resultado ao foco na assessoria financeira.

PREOCUPADOS
Pesquisa da consultoria de educação executiva HSM mostra que a maior preocupação de 58% dos executivos é conseguir executar a estratégia da empresa. Em seguida, está manter o equilíbrio entre vida pessoal e profissional (45%).

SONHO
Entre os principais sonhos dos 520 executivos ouvidos na pesquisa estão ser um líder inspirador (62%) e ter mais qualidade de vida (58%). O resultado será divulgado hoje no Fórum Mundial de Liderança e Alta Performance, promovido pela HSM e pela Empreenda.

PLATAFORMA
A GDK entrará no mercado de construção de plataformas de exploração de petróleo. A meta é participar das encomendas do pré-sal.

REÚSO
A AmBev teve receita adicional de R$ 72,6 milhões com o reaproveitamento de 98% dos resíduos em 2008.

ARTE NA PRAÇA
A praça Benedito Calixto, em SP, ganha amanhã um novo espaço de arte, o Arterix. Para combater o clima formal, Jaqueline Martins e Marcos Sancovsky, que estão à frente do espaço, evitam conceituá-lo como galeria. Focado em colecionadores jovens, o Arterix terá um ambiente com móveis modernos, objetos e "toy art". Vai receber obras de fotógrafos e artistas plásticos como Tripolli, Roberto Setton, Carmela Gross, Claúdio Tozzi e Dudu Santos. "Queríamos fazer um lugar descontraído, casual. Hoje há muita gente de 30 anos interessada em consumir arte, também como um investimento, mas fora do patamar de preços muito altos", diz Martins. O carro-chefe do Arterix é a arte contemporânea.

BANHO DE CREME
A grife francesa Mary Cohr Paris, de cosméticos e tratamentos estéticos, inaugura amanhã um espaço-conceito no Brasil, em SP. Lucia Curado, presidente da distribuidora da marca no país, é responsável pelo projeto. "A marca já conquistou um prestígio no país e achamos que é a hora de consolidá-la." O tratamento é padronizado pela Mary Cohr, que está presente em 65 países. O custo médio da sessão é de R$ 200. "A crise não nos prejudica, porque temos poucos concorrentes no Brasil."

com JOANA CUNHA e MARINA GAZZONI


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