São Paulo, terça-feira, 02 de julho de 2002

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DESCRÉDITO

Holanda assume liderança; Argentina desaba

EUA deixam de ser o país mais favorável para os negócios, diz EIU

DA REDAÇÃO

Os EUA deixaram de oferecer o ambiente mais favorável do planeta para os negócios e os investimentos. Pelo menos é essa a avaliação da Economist Intelligence Unit, empresa de consultoria e pesquisa pertencente ao mesmo grupo que edita a revista inglesa "The Economist".
De acordo com a EIU, os Estados Unidos aparecem agora em quinto lugar no ranking, que agora traz a Holanda como o local mais atraente para fazer negócio. Em segundo lugar aparece o Canadá, seguindo pela Finlândia e pelo Reino Unido.
Segundo o instituto, são várias as razões que fizeram os EUA perderem o topo do ranking, posição em que permaneceu de 1997 até o ano passado. Diz a EIU que os riscos do terrorismo combinados com os problemas econômicos tiraram a primazia dos norte-americanos.
O relatório da consultoria cita a crise de confiança por que passam as empresas norte-americanas, devido a casos como o da fraude da WorldCom. Ainda segundo a análise, há problemas no campo macroeconômico, como o crescente déficit dos EUA em suas contas externas, que torna o país mais vulnerável.
A EIU destaca ainda o aperto no caixa do governo norte-americano. "O setor público vai encerrar 2002 no vermelho, pela primeira vez de 1997", diz o órgão privado de pesquisas econômicas.
De acordo com o estudo, a Holanda deverá seguir na liderança do ranking pelos próximos cinco anos. "O desempenho do país é sólido em todas as categorias do ambiente econômico, com um setor financeiro bastante desenvolvido e uma mão-de-obra de educação elevada", diz a análise.
A Argentina registrou o pior tombo no ranking, caindo 20 posições. "O ambiente se deteriorou rapidamente, depois do calote na dívida e do fim da conversibilidade [paridade do peso com o dólar"", afirma a EIU.
Outro país que desabou na lista de países mais favoráveis para o investimento foi a Venezuela, que passou por uma tentativa de golpe de Estado em abril. "As relações entre o governo [do presidente Hugo Chávez" com a oposição permanecem muito tensas", diz o instituto.
A EIU destaca ainda alguns avanços feitos pelos países da União Européia.



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