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Mercado Aberto
guilherme.barros@uol.com.br
Gerente amplia lucro de banco, diz pesquisa
O gerente de agência é uma
figura negligenciada, que deveria ter maior atenção dos bancos de varejo. Em três anos, um
bom gerente pode significar
uma alta de até US$ 1 milhão no
faturamento de um banco.
A constatação é parte da pesquisa "Managing a Precious
Resource: Branch Chiefs" (gerenciando uma fonte preciosa:
líderes de agência, em português), da consultoria Booz
Allen Hamilton, com base no
desempenho de mais de 4.000
bancos dos EUA em seis anos.
Segundo o material, em 20
anos, a figura do gerente passou
por uma deterioração causada
pela mudança estrutural da entidade bancária, que passou a
investir mais em tecnologia e
até a fechar agências ao apostar
no desenvolvimento dos sistemas on-line. Nos últimos cinco
anos, com a expansão geográfica e novos formatos de varejo,
as agências voltaram a ser consideradas importantes. O gerente, no entanto, não.
Segundo Paul Hyde, vice-presidente da prática de serviços financeiros da Booz Allen
Hamilton e responsável pela
pesquisa, "há um grande poder
de venda nas mãos do gerente".
"Nossa avaliação é que os gerentes são significativos. Eles
são líderes de venda", diz. "No
entanto, os bancos os trataram
como commodities e não como
peças-chave do negócio."
Segundo o diretor da mesma
área da consultoria no Brasil,
Roberto Leuzinger, o cenário é
muito semelhante no Brasil. "O
contexto é o mesmo, mas não
tão antigo. Aqui, não se trata de
20 anos, mas de algo em torno
de cinco e dez", diz.
Uma prática que atrapalha o
trabalho do gerente, segundo a
pesquisa, é a de mudança contínua para novas agências. Em
uma região, os depósitos cresceram 13% em um ano em que
não houve troca de gerentes.
Em agências que tiveram mais
de cinco gerentes em um ano, o
número chegou a apenas 3%.
A pesquisa identificou as aspirações de ocupantes do cargo.
Foi identificado um grupo de
gerentes que cuidam da agência como se fosse seu próprio
negócio. Eles se sentem responsáveis por alcançar as metas e ficam orgulhosos quando
atingem os números.
Há outros que se consideram
"prefeitos" e que não têm vontade de mudar de agência.
Há ainda os que buscam
oportunidades, que gostam de
transformar agências sem sucesso em "cases" e, quando estão recuperadas, partem para
novos desafios.
Frases
Nossa avaliação
é que os gerentes são
significativos. Eles são
líderes de venda. No
entanto, os bancos os
trataram como
commodities, e não
como peças-chave do
negócio
Há um grande poder de
venda nas mãos do
gerente de banco
PAUL HYDE
vice-presidente da prática de serviços
financeiros da Booz Allen Hamilton
Construtora encontra nicho na classe C
Ao identificar uma lacuna
no setor de construção para
uma área específica dentro
da classe C, a Rodobens descobriu um novo nicho de
mercado: integrantes desse
estrato social com idade entre 20 e 35 anos, com aspirações da classe B e condições
financeiras de classe D.
Daí nasceu o projeto Terranova, de condomínios fechados de casas com infra-estrutura de lazer em cidades do interior do país.
"Queríamos um produto
que reunisse status, com valor de venda igual ao de aluguel e com rapidez na entrega", diz Eduardo Grayeb,
presidente da Rodobens.
Hoje, já foram lançados
projetos em 27 cidades de
oito Estados. "Nosso objetivo é atingir 70 cidades", diz.
Expansão do crédito reflete em seguros
A indústria de seguros está sentido os efeitos da expansão do crédito. O seguro prestamista cresceu 50,45% no primeiro quadrimestre ante o mesmo período de 2006. Esse tipo de seguro é contratado pelas financeiras para garantir o pagamento das prestações, ou o saldo devedor.
A modalidade movimentou R$ 629,5 milhões em prêmios de seguros contra R$ 418,4 milhões no mesmo intervalo do ano anterior.
Segundo Antonio Cássio dos Santos, presidente da Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida), o crescimento desse tipo de seguro acompanha expansão da massa salarial, da oferta de crédito e do consumo das famílias.
"A conjuntura econômica é favorável e a compra de bens duráveis está ancorada no crédito. A modalidade deve continuar avançando no país", afirma Santos.
Em 2003, o seguro prestamista movimentou R$ 226,3 milhões em prêmios. No ano passado, o volume saltou para R$ 1,4 bilhão.
Em janeiro, os prêmios aumentaram 28,4% ante o mesmo mês de 2006. Em fevereiro, a expansão foi de 50,46% também no comparativo com igual período do ano passado. Em março e abril, o crescimento foi de 68,07% e 60,98%, respectivamente.
DO ORIENTE
A partir de julho, o Thai Gardens de São Paulo se tornará auto-suficiente em ingredientes e especiarias asiáticas.
Isto se deve à abertura do Thai Gourmet, em Barcelona,
pela chef e sócia da casa, Tasanai Phian O Pas, que esteve
na semana passada em São Paulo. "Será mais uma forma
de garantir a procedência e o frescor dos ingredientes",
afirma Tasanai. Na unidade paulistana, também acaba de
ser instituído o serviço de "take away".
ENERGIA
A Caixa está financiando
oito pequenas centrais hidrelétricas, com investimento de R$ 500 milhões.
Com o fechamento de operações de crédito envolvendo duas grandes empresas
do setor de geração e transmissão de energia elétrica, a
Caixa fechou junho com
consolidação no setor. O
anúncio do resultado foi
precedido por consulta pública para que instituições
interessadas ofertassem taxas de juro adequadas à operação de crédito superior a
R$ 200 milhões.
INVESTIMENTO
A Austin Rating apontou
Guarulhos (SP) como bom
local para investimento. A
nota da cidade (A) é maior
do que a de capitais como
São Paulo (BBB) e Belo Horizonte (BBB) e Estados como Minas Gerais (BBB+),
Rio de Janeiro (BBB+) e Rio
Grande do Sul (BB+). Empata com Porto Alegre, perde
para o Estado de São Paulo
(A+) e a cidade do Rio de Janeiro (A). Segundo o estudo,
a classificação de Guarulhos
se deve, entre outros, à redução de despesas da administração pública com pessoal.
TRIBUTAÇÃO
A Fecomercio realiza,
amanhã, em São Paulo, o seminário Simplificando o
Brasil, que terá como tema
"Simples Nacional -Tributação". O evento, que será gratuito, irá abordar os aspectos práticos da alteração que entrou em vigor a partir de
ontem, 1º de julho, e que afetará micro e pequenas empresas. Ritsutada Takara, representante da 8ª RF no
Projeto do Simples Nacional, será palestrante.
DILEMA
O Ibef SP (Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças) promove, na sexta,
café da manhã com Thomas
Trebat, diretor-executivo
para estudos da América Latina da Columbia University
(NY). Trebat, que atuou na
negociação de dívidas com
Brasil, Chile e México pelo
Bankers Trust, na década de
80, abordará o tema "Dilemas do crescimento econômico na América Latina", no
Hotel InterContinental.
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