DA SUCURSAL DO RIO

A Petrobras afirmou na sexta-feira desconhecer o envio à Dow Jones de carta elaborada por ONGs insatisfeitas com o teor de enxofre do diesel brasileiro. A companhia ressaltou que, no ano passado, foi aprovada pela terceira vez consecutiva para integrar o índice de sustentabilidade da instituição, atingindo as maiores pontuações do setor de petróleo em critérios como transparência e cidadania corporativa.
A empresa disse ainda que o conselho do Índice de Sustentabilidade da Bovespa nunca confirmou oficialmente que a exclusão da Petrobras no ano passado ocorreu por causa dessa questão. A informação tornou-se pública devido às declarações de um integrante de uma das entidades do conselho.
Sobre a qualidade do diesel, a Petrobras afirmou que, em 2008, anunciou que forneceria o diesel especificado pela ANP em janeiro de 2009. "No mesmo ano, a Anfavea [Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores] comunicou ao Ministério do Meio Ambiente que não teria tempo hábil para produzir os veículos com a tecnologia P-6 [padrão menos poluente] na data marcada", diz a nota da companhia, ressaltando que "é necessário um casamento entre a qualidade do diesel e a tecnologia automotiva".
A empresa afirmou ainda que, em consequência disso, foi firmado um acordo entre Petrobras, montadoras, fabricantes de motores e entidades governamentais, mediado pelo Ministério Público Federal, que fixou um novo cronograma para a distribuição do diesel com menor teor de enxofre. Segundo a Petrobras, serão investidos R$ 7,2 bilhões até 2013 para atender a essa demanda.
"Responsabilidade social é uma função corporativa da Petrobras", disse a companhia na resposta enviada à Folha.


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