São Paulo, Sexta-feira, 02 de Julho de 1999
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Tess ameaça "cortar cabeças" se não crescer até o fim de 99

da Sucursal de Brasília

Sete meses após iniciar suas operações, a empresa Tess -responsável pelo serviço de telefonia celular no interior de São Paulo- está com apenas 140 mil terminais em operação.
A previsão inicial dos controladores da empresa era ter 500 mil assinantes nesse período. Ontem, o presidente da Algar e um dos sócios da Tess, Luiz Alberto Garcia, disse que a empresa terá que fechar o ano com 400 mil assinantes.
"Se não conseguirmos esse número, vamos cortar cabeças", disse Garcia, que também preside a Acel (Associação Nacional dos Prestadores de Serviço Móvel Celular).
Ele disse que a Telia Overseas (estatal sueca sócia da Algar no empreendimento) errou no marketing inicial, pois esperava combater uma fila de espera "que nunca existiu".
Atualmente, segundo Garcia, a Tess está recuperando o tempo perdido com vendas "de porta em porta" e com produtos alternativos, como os celulares com sistema pré-pago. Ele disse que essas medidas "estão dando resultado".
O presidente da Algar disse que as disputas internas na Tess que envolvem a empresa Primav -do empresário Cecílio Rego de Almeida- "são coisa para 20 anos".
Integrante do consórcio que comprou a licença de telefonia celular para o interior de São Paulo, a Primav denunciou os demais sócios na Justiça sob a alegação de que foi impedida de participar dos aumentos de capital da empresa.
Em 98, a Primav solicitou o cancelamento da concessão alegando irregularidades na composição acionária da operadora. A Anatel está investigando a denúncia.
A licença foi oferecida por R$ 600 milhões, mas foi arrematada pelo consórcio por R$ 1,326 bilhão. A Tess só foi declarada vencedora da licitação após uma longa disputa na Justiça contra o Ministério das Comunicações.


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