São Paulo, quarta-feira, 02 de agosto de 2000


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EXPORTAÇÃO
Ritmo de compra e venda do país no exterior será superior ao do resto do mundo este ano; desempenho já foi melhor
País amplia presença no comércio mundial

ANDRÉ SOLIANI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Brasil vai ampliar sua participação no comércio mundial este ano, segundo o secretário-executivo da Camex (Câmara de Comércio Exterior), Roberto Giannetti da Fonseca.
A razão para a melhora do desempenho é o crescimento das vendas e compras brasileiras no exterior a um ritmo superior ao do comércio internacional. O Banco Mundial estima que o fluxo de comércio internacional (importação mais exportação globais) deve crescer a uma taxa de 6,5% este ano.
No Brasil, a taxa de crescimento estimada pela Secex (Secretária de Comércio Exterior) é de 13,15%. Nos primeiros sete meses do ano, a taxa de crescimento das relações comerciais do Brasil com o mundo foi superior a 14%.
Ou seja, a taxa de de crescimento do fluxo comercial brasileiro será mais que duas vezes superior à do mundo. "Isso significa que estamos ganhando mercado de outros países, aumentando a participação relativa do Brasil no comércio internacional", diz Giannetti. Em 99, do total de exportações e importações do mundo, o país respondia por 0,9%. Este ano, Giannetti estima que a participação pode chegar a 1%.
A boa notícia é que são as exportações brasileiras as principais responsáveis pelo aumento da participação brasileira no comércio internacional. Nos primeiros sete meses do ano, as exportações cresceram 17,3% em relação ao mesmo período de 99. As importações aumentaram 11,5%.
Para o ano, a Secex estima que as exportações vão crescer 17,5% e as importações, 8,9%.
O incremento da participação do Brasil no comércio mundial, no entanto, não deve ser comemorado com muito entusiasmo. Nos anos 80, o país chegou a deter 1,47% do comércio mundial. Mesmo com o aumento, o país também continuará atrás de economias como a do México, da Malásia e de Cingapura.
A melhora do desempenho brasileiro no comércio mundial também não ajudará o Brasil a equacionar um dos seus problemas: os saldos comerciais medíocres ao longo deste ano. O problema é que tanto as exportações como as importações estão reagindo.
As importações estão sendo puxadas pelo aquecimento da economia. Com mais dinheiro no bolso, as pessoas compram mais importados. As exportações tiveram como principal ajuda a desvalorização do real.


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