|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
EXPORTAÇÃO
Ritmo de compra e venda do país no exterior será superior ao do resto do mundo este ano; desempenho já foi melhor
País amplia presença no comércio mundial
ANDRÉ SOLIANI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Brasil vai ampliar sua participação no comércio mundial este
ano, segundo o secretário-executivo da Camex (Câmara de Comércio Exterior), Roberto Giannetti da Fonseca.
A razão para a melhora do desempenho é o crescimento das
vendas e compras brasileiras no
exterior a um ritmo superior ao
do comércio internacional. O
Banco Mundial estima que o fluxo de comércio internacional
(importação mais exportação globais) deve crescer a uma taxa de
6,5% este ano.
No Brasil, a taxa de crescimento
estimada pela Secex (Secretária de
Comércio Exterior) é de 13,15%.
Nos primeiros sete meses do ano,
a taxa de crescimento das relações
comerciais do Brasil com o mundo foi superior a 14%.
Ou seja, a taxa de de crescimento do fluxo comercial brasileiro
será mais que duas vezes superior
à do mundo. "Isso significa que
estamos ganhando mercado de
outros países, aumentando a participação relativa do Brasil no comércio internacional", diz Giannetti. Em 99, do total de exportações e importações do mundo, o
país respondia por 0,9%. Este ano,
Giannetti estima que a participação pode chegar a 1%.
A boa notícia é que são as exportações brasileiras as principais
responsáveis pelo aumento da
participação brasileira no comércio internacional. Nos primeiros
sete meses do ano, as exportações
cresceram 17,3% em relação ao
mesmo período de 99. As importações aumentaram 11,5%.
Para o ano, a Secex estima que
as exportações vão crescer 17,5%
e as importações, 8,9%.
O incremento da participação
do Brasil no comércio mundial,
no entanto, não deve ser comemorado com muito entusiasmo.
Nos anos 80, o país chegou a deter
1,47% do comércio mundial.
Mesmo com o aumento, o país
também continuará atrás de economias como a do México, da
Malásia e de Cingapura.
A melhora do desempenho brasileiro no comércio mundial também não ajudará o Brasil a equacionar um dos seus problemas: os
saldos comerciais medíocres ao
longo deste ano. O problema é
que tanto as exportações como as
importações estão reagindo.
As importações estão sendo puxadas pelo aquecimento da economia. Com mais dinheiro no
bolso, as pessoas compram mais
importados. As exportações tiveram como principal ajuda a desvalorização do real.
Texto Anterior: Evento Folha: Ciclo volta com personalidade em campanhas Próximo Texto: Balança tem saldo menor em julho Índice
|