DA REDAÇÃO
DA REPORTAGEM LOCAL

A agência de classificação de risco Moody's disse ontem que colocou as notas do Brasil em revisão para uma possível elevação. Segundo ela, a decisão foi tomada especialmente pelos esforços do governo em reduzir a dívida externa, o que diminuiu a vulnerabilidade de crédito.
Antes de decidir sobre a mudança, a agência disse que monitorará os possíveis efeitos da subida das taxas de juro globais no fluxo de investimentos do país e a capacidade do governo brasileiro em conter os gastos.
Com essa possível elevação, a Moody's se juntará às agências Standard & Poor's e Fitch Ratings, que atribuem ao Brasil a classificação BB, ou seja, dois degraus abaixo do grau de investimento -nome dado à classificação das economias consideradas de alto retorno para os investidores e baixo risco.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem que o Brasil deverá atingir em 2007 a classificação de grau de investimento, um ano antes das previsões anteriores do governo.
De acordo com o ministro, uma série de fatores pode ser listada para justificar a expectativa positiva: registro, por anos seguidos, de superávits primários (sobra de caixa dos governos regionais e federal, sem contar a verbas destinada ao pagamento de juros da dívida pública), expansão do PIB (Produto Interno Bruto), persistência na política de ajuste fiscal e alteração do perfil da dívida brasileira.

Recomendação
O banco UBS, o maior da Europa, recomendou a compra de ações de Brasil e Rússia. Para a instituição, a queda da taxa de juros nos dois países irá incrementar a demanda interna e acelerar suas economias.


Texto Anterior: Inflação: Mantega ameaça baratear importado para segurar preço
Próximo Texto: Economia global: Chefe do Tesouro dos EUA diz ser contra barreiras comerciais
Índice