São Paulo, sábado, 02 de agosto de 2008

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Pior momento ficou para trás, afirma Mantega

DENYSE GODOY
DA REPORTAGEM LOCAL

Para o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o pior da inflação já passou. "Nas últimas quatro semanas, o petróleo caiu 15%. As commodities agrícolas também recuaram. E, se você pegar os índices brasileiros, todos estão com redução do ímpeto inflacionário: o IPCA [Índice de Preços ao Consumidor Amplo], o IPC-S [Índice de Preços ao Consumidor Semanal] em seis semanas consecutivas, o IPC-Fipe [Índice de Preços ao Consumidor da cidade de São Paulo]. Acho que já há uma reversão desse ciclo", afirmou ele em entrevista coletiva à imprensa após participar de encontro com empresários na capital paulista.
Entre as medidas adotadas pelo governo para segurar os preços, Mantega citou a elevação do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), do compulsório para operações de leasing de veículos e dos juros. No entanto, o ministro não quis comentar se o arrefecimento das pressões inflacionárias permitirá uma diminuição do ritmo de aumento da taxa Selic por parte do Banco Central. "Se foi adequada ou não a política monetária, você tem que perguntar ao Banco Central, e não a mim. Se ele fez, deve achar que é", disse.
Tais providências, de acordo com Mantega, tiveram como objetivo moderar o crescimento do país, mas não acabarão com o atual ciclo de avanço sustentável. "Colocamos a economia brasileira em um patamar adequado: com crescimento robusto, de 4,5%, 5% [ao ano], porém não exagerado, que gere inflação." Por isso, na sua opinião, o ideal é que o volume de crédito no país fique em torno de 20% do PIB (Produto Interno Bruto), e não acima de 30%, como foi observado no primeiro semestre.


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