São Paulo, sábado, 02 de agosto de 2008

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GM perde US$ 15,5 bi no 2º tri com reestruturação e queda nas vendas

Prejuízo é o terceiro maior em um trimestre na história da montadora americana

DA REDAÇÃO

A GM, a maior montadora mundial, continuou a sua seqüência de maus resultados, perdendo US$ 15,5 bilhões no segundo trimestre deste ano -o terceiro maior prejuízo da história da empresa. A companhia foi afetada principalmente pela queda nas vendas nos EUA e pelos custos com seu processo de reestruturação.
O prejuízo bilionário da GM -quase o dobro do da rival Ford- reflete a desaceleração econômica dos Estados Unidos e a busca dos consumidores por carros que gastem menos combustível. Com o aumento da gasolina, os americanos estão deixando de lado as picapes e os utilitários esportivos, que eram o principal foco das montadoras dos EUA.
A maior parte do prejuízo (US$ 9,1 bilhões) se deve a gastos extraordinários, como os US$ 3,3 bilhões despendidos na demissão de 19 mil trabalhadores. Tirando esses gastos, o prejuízo foi de US$ 6,3 bilhões. Seu faturamento teve queda de 18,2% de abril a junho em relação aos mesmos meses de 2007, para US$ 38,2 bilhões.
Nos últimos 12 meses até junho, a montadora perdeu US$ 58,4 bilhões (foi a empresa que mais perdeu dinheiro em 2007 no mundo), o que tem aumentado os temores de que possa pedir concordata. No mês passado, o Merrill Lynch disse que ela precisa de uma injeção de capital de até US$ 15 bilhões para garantir a sua liquidez.
"Temos liquidez adequada para 2009, mesmo com o prolongamento das difíceis condições de mercado, que, para ser sincero, não sabemos quando irão mudar", afirmou o presidente-executivo da GM, Rick Wagoner.
E as vendas nos EUA no mês passado sinalizam que a GM deve continuar tendo dificuldades neste trimestre. Ela comercializou 26,7% menos veículos em julho do que no mesmo mês de 2007. A queda, diz a empresa, se deve ao ambiente econômico difícil, aos altos preços do combustível e a falta nos estoques em segmentos como o de carros compactos.
A rival Toyota, que pode desbancá-la do posto de maior montadora mundial, teve queda de 12% nas suas vendas. As da Chrysler caíram 29%, as da Ford, 15%, e as da Honda, 1,6%.


Com a Bloomberg


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