São Paulo, domingo, 02 de setembro de 2007

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Novas vagas respondem por 42% de contratações de executivos, diz pesquisa

CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Quatro em cada dez executivos contratados neste ano por empresas do setor privado ocupam uma nova vaga aberta pela companhia como resultado da melhora na economia e da necessidade de admitir profissionais mais qualificados e com experiência para trazer às empresas novos negócios.
É o que mostra pesquisa feita pela Catho, consultoria de recolocação profissional, com 12.122 funcionários, dos quais 5.194 em cargos em níveis hierárquicos superiores. Eles responderam a 289 questões por e-mail sobre sua contratação, admissão de terceiros e sua carreira nos últimos 12 meses.
"As empresas estão recebendo novos investimentos, querem ampliar seus negócios e têm dinheiro em caixa para contratar profissionais. Com isso, abrem oportunidades em novas áreas", diz Adriano Arruda, diretor-geral da Catho. "As contratações ocorrem não só em áreas operacionais, para aumentar a produção, mas também nos níveis superiores, para que a empresa amplie sua atuação e seja capaz de captar novos negócios."
No levantamento, feito entre março e abril deste ano, 42% dos executivos informaram que ocupam um novo cargo na empresa. Um quinto (20%) foi admitido para preencher uma vaga de outro profissional que pediu demissão, e 19,8% substituem um executivo que foi ou seria demitido. Dos entrevistados, 3,4% ocupam o lugar de um colega que seria promovido, e 1,7%, o de um que se aposentou.
Os setores que mais recrutaram profissionais para cargos em escalões hierárquicos superiores foram tecnologia/tecnologia da informação, telecomunicações, mineração (extração/óleo e gás), bens de consumo, químico e financeiro.
Depois de ocupar o cargo de gerente de suprimentos por três anos e meio na VetcoGray, empresa do ramo de petróleo adquirida pela GE (General Electric), Marcio Silveira, 45, decidiu encarar um processo de seleção, após ser recrutado pela Catho.
"Fui procurado para participar de uma seleção. Já havia recebido alguns convites. Mas, dessa vez, além do incremento financeiro, havia a oportunidade de ocupar um novo cargo, o de diretor de compras do grupo Alstom para a região da América Latina", diz. Nesta semana, o profissional começa na multinacional francesa que atua no ramo de energia.
"O que mais me atrai é que essa é uma função com projeção internacional", diz o profissional, que é formado em engenharia, fala três línguas e tem MBA em gestão empresarial pela FGV. Além de bônus anual, no valor médio de três salários, e benefícios (como previdência privada), o profissional diz que terá um carro à disposição.
Murilo Almeida, 32, voltou a ter registro em carteira, após passar um período como "pessoa jurídica" no setor químico. "Esperei durante oito meses e, em 40 dias, participei de seis entrevistas. Optei pela vaga de gerente de vendas para Brasil, Colômbia e Venezuela na empresa Celanese, que também atua no setor químico." Formado em engenharia, ele fala duas línguas e tem especialização em administração pela FGV.


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