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foco
Novas vagas respondem por 42% de contratações de executivos, diz pesquisa
CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Quatro em cada dez executivos contratados neste
ano por empresas do setor
privado ocupam uma nova
vaga aberta pela companhia
como resultado da melhora
na economia e da necessidade de admitir profissionais
mais qualificados e com experiência para trazer às empresas novos negócios.
É o que mostra pesquisa
feita pela Catho, consultoria
de recolocação profissional,
com 12.122 funcionários, dos
quais 5.194 em cargos em níveis hierárquicos superiores.
Eles responderam a 289
questões por e-mail sobre
sua contratação, admissão
de terceiros e sua carreira
nos últimos 12 meses.
"As empresas estão recebendo novos investimentos,
querem ampliar seus negócios e têm dinheiro em caixa
para contratar profissionais.
Com isso, abrem oportunidades em novas áreas", diz
Adriano Arruda, diretor-geral da Catho. "As contratações ocorrem não só em
áreas operacionais, para aumentar a produção, mas
também nos níveis superiores, para que a empresa amplie sua atuação e seja capaz
de captar novos negócios."
No levantamento, feito
entre março e abril deste
ano, 42% dos executivos informaram que ocupam um
novo cargo na empresa. Um
quinto (20%) foi admitido
para preencher uma vaga de
outro profissional que pediu
demissão, e 19,8% substituem um executivo que foi
ou seria demitido. Dos entrevistados, 3,4% ocupam o
lugar de um colega que seria
promovido, e 1,7%, o de um
que se aposentou.
Os setores que mais recrutaram profissionais para cargos em escalões hierárquicos
superiores foram tecnologia/tecnologia da informação, telecomunicações, mineração (extração/óleo e
gás), bens de consumo, químico e financeiro.
Depois de ocupar o cargo
de gerente de suprimentos
por três anos e meio na VetcoGray, empresa do ramo de
petróleo adquirida pela GE
(General Electric), Marcio
Silveira, 45, decidiu encarar
um processo de seleção, após
ser recrutado pela Catho.
"Fui procurado para participar de uma seleção. Já havia recebido alguns convites.
Mas, dessa vez, além do incremento financeiro, havia a
oportunidade de ocupar um
novo cargo, o de diretor de
compras do grupo Alstom
para a região da América Latina", diz. Nesta semana, o
profissional começa na multinacional francesa que atua
no ramo de energia.
"O que mais me atrai é que
essa é uma função com projeção internacional", diz o
profissional, que é formado
em engenharia, fala três línguas e tem MBA em gestão
empresarial pela FGV. Além
de bônus anual, no valor médio de três salários, e benefícios (como previdência privada), o profissional diz que
terá um carro à disposição.
Murilo Almeida, 32, voltou a ter registro em carteira,
após passar um período como "pessoa jurídica" no setor químico. "Esperei durante oito meses e, em 40 dias,
participei de seis entrevistas.
Optei pela vaga de gerente de
vendas para Brasil, Colômbia e Venezuela na empresa
Celanese, que também atua
no setor químico." Formado
em engenharia, ele fala duas
línguas e tem especialização
em administração pela FGV.
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