São Paulo, terça-feira, 02 de setembro de 2008

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MERCADO ABERTO

GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br

Bolsa brasileira foi a que mais caiu nos últimos três meses

A Bolsa brasileira deixou de ser a vedete do mercado de ações entre os países da América Latina e os Estados Unidos. Nos últimos três meses, o Ibovespa foi o que mais caiu no continente. As perdas somam 23,3%.
Já em agosto, o Ibovespa registrou o segundo pior resultado, com uma queda de 6,4%. A Bolsa que mais caiu foi a da Argentina, com uma rentabilidade negativa no mês de 7,4%. Os cálculos foram feitos pela Economática.
No ano, a Bolsa brasileira, que vinha sendo o destaque até maio, caiu para a sexta colocação, com uma queda de 12,8% nos primeiros oito meses. Abaixo do Brasil, com perdas maiores, estão Colômbia, Estados Unidos (Dow Jones), Argentina e Peru.
O grande destaque passou a ser a Bolsa da Venezuela, que apresentou melhor desempenho nos últimos três meses (valorização de 17,4%) e no ano (7,4%). Foi a única Bolsa que fechou no azul no ano e nos últimos três meses.
"O Chávez [presidente da Venezuela, Hugo Chávez] está sempre na contramão. Quando todas as Bolsas sobem, a Bolsa venezuelana cai e vice-versa", afirma Einar Rivero, da Economática.
A perda da Bolsa brasileira acima dos outros países do continente se deve ao peso que têm as ações da Petrobras e da Vale no índice. O desempenho das duas empresas foi fortemente afetado pela queda nos preços das commodities no mundo inteiro.
"É o preço que pagamos de ter uma Bolsa muito concentrada em empresas do setor primário", diz Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da Gradual Corretora.
De acordo com Pedro Paulo Silveira, os preços das commodities são muito sensíveis, o que faz com que as ações das empresas produtoras de matérias-primas também tenham esse mesmo comportamento.
Até maio deste ano, as commodities subiram bastante de preço, o que fez com que a Bolsa brasileira apresentasse o melhor desempenho no continente. O quadro mudou, no entanto, e a Bolsa sentiu essa guinada. A dúvida é saber até quando.
"Não me surpreenderia se a Bolsa caísse mais um pouco", diz Pedro Paulo Silveira.

VÍTIMAS DA MODA
A edição de agosto da revista "Vogue India" gerou polêmica ao usar indianos miseráveis como modelos em ensaio com peças de marcas como Fendi, Hermès e Burberry. Segundo o "New York Times", às acusações de mau gosto que recebeu da mídia indiana a editora da revista, Priya Tanna, respondeu que em moda não se pode levar tudo a sério. Quase metade do povo indiano vive com menos de US$ 1,25 ao dia -um guarda-chuva na foto da revista custa cerca de US$ 200. O país tem um mercado crescente para consumo de luxo.

MARÉ
A Santos Brasil, companhia de terminal de contêineres, investirá R$ 283 milhões em sua nova operação, em Imbituba, em SC. Com isso, o montante investido pela empresa em sistemas, operações e instalações chega a R$ 1,3 bilhão nos últimos dez anos.

AVIAÇÃO

ANAC AUTORIZA EMPRESAS DOS EMIRADOS ÁRABES A VOAR PARA O BRASIL
A Etihad Airways, a Air Arabia e a RAK Airways, dos Emirados Árabes, foram autorizadas pela Anac a voar para o Brasil. As rotas não foram definidas, mas elas serão concorrentes da Emirates, que faz o vôo SP-Dubai. A renegociação do acordo com autoridades árabes fará que o número de vôos de passageiros e de carga para as quatro empresas passe de 14 para 22 por semana -até 2010, serão mais 20 vôos.
Empresas brasileiras também poderão voar para o país.

NA ESTRADA
A C&A deve inaugurar aproximadamente 20 lojas neste ano. No Estado do Rio de Janeiro, serão sete unidades abertas. Também haverá novas lojas em cidades de São Paulo, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rondônia e Sergipe.



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