São Paulo, terça-feira, 02 de setembro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Petróleo cai 4%, e Bolsa inicia mês em baixa de 0,9%

Ações da Petrobras recuam 2%; giro é o menor do ano

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Em dia de feriado nos EUA, o mercado de petróleo concentrou as atenções dos investidores. Com o enfraquecimento do furacão Gustav, o barril de petróleo teve forte queda de 4,07% em Londres, onde terminou negociado a US$ 109,41. No pregão eletrônico de Nova York, o petróleo chegou a ser negociado a US$ 110,60, com recuo de mais de US$ 4.
Para a Bovespa, o foco dos investidores na depreciação do petróleo foi prejudicial. Isso porque as ações da Petrobras recuaram e fizeram com que a Bolsa terminasse em baixa de 0,93%, aos 55.162 pontos.
O mesmo ocorreu em Londres, onde a Bolsa de Valores teve baixa de 0,60%, influenciada pelo recuo de papéis de petroleiras -as ações da Royal Dutch Shell caíram 2%, e as da BP recuaram 1,47%.
Além de Petrobras, cujos papéis perderam 1,99% (ON) e 1,97% (PN), a Vale também não permitiu que a Bovespa encerrasse em território positivo. Com o enfraquecimento das commodities metálicas, houve baixa de 1,31% nas ações preferenciais "A" da Vale e de 1,56% nas ordinárias.
No setor siderúrgico, houve perdas também em papéis como Gerdau PN, que teve baixa de 1,82%, e Usiminas PNA, com recuo de 0,52%.
Com o retorno do mercado americano hoje, após o feriado do Dia do Trabalho, a Bolsa de Valores de São Paulo deve ter um pregão um pouco mais forte. Ontem foi negociado apenas R$ 1,99 bilhão -a mais fraca movimentação do ano.
Além dos três meses seguidos de queda da Bovespa -em agosto, a desvalorização acumulada foi de 6,43%-, o mercado brasileiro caminha para ter mais um mês de saída líquida de capital externo. Até o dia 28, o saldo das operações dos estrangeiros na Bolsa estava negativo em R$ 2,17 bilhões. Entre junho e julho, outros cerca de R$ 15 bilhões deixaram o pregão local.
Com o recuo das commodities, o dólar se apreciou no exterior. No Brasil, não foi diferente, e a moeda americana subiu 0,67%, para R$ 1,646, mais alto valor desde junho. No mês passado, o dólar já havia se destacado, com valorização de 4,6%.

Ações da Visanet
A Visanet deu o primeiro passo para realizar seu esperado IPO (oferta pública inicial), ao fazer pedido de registro na CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Esse pedido pode levar algumas semanas para ser avaliado. Após ser aprovado, a empresa poderá definir e divulgar como serão os prazos e o volume a ser ofertado aos investidores. Antes da piora da Bovespa, o mercado especulava que a Visanet pudesse levantar até R$ 7 bilhões com seu IPO. A companhia é controlada por Bradesco, BB, Banco Real e Visa International.


Texto Anterior: Operação nota registrada: Secretaria multa 939 estabelecimentos em SP
Próximo Texto: Queda: Libra recua para o menor nível ante o euro
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.