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"Brasil está 5 anos atrás em tecnologia"
DA REDAÇÃO
Um dos focos da parceria entre CHS e Coopermibra é a troca de informações e de tecnologias para
o melhor desempenho das
lavouras. Produtores brasileiros irão anualmente
aos EUA para conhecer
detalhes da produção de
grãos. Agricultores dos
EUA virão ao Brasil.
Carlos Cesar Nespolo,
produtor de Campo Mourão (PR), participou da
primeira visita-piloto aos
EUA há três semanas. O
Brasil tem algumas vantagens sobre os norte-americanos, como a disponibilidade de terra, o clima e a
possibilidade de duas safras por ano.
"Mas no que se refere à
estrutura de produção o
Brasil está pelo menos cinco anos atrás dos norte-americanos." A disparidade entre o uso de tecnologia por lá e por aqui é gritante, diz o produtor.
Por lá, tudo é feito dentro de um rígido planejamento da propriedade rural. Toda vez que os brasileiros entravam em uma
fazenda, o produtor já vinha com planilhas de custos e acompanhamento
detalhado da lavoura.
"Não sei o que vamos mostrar para eles, quando vierem aqui", diz Nespolo.
O avanço da produção
nos EUA começa logo no
preparo da safra. Transgênicos, formas de aplicação
de agroquímicos e adubação já garantem custos
menores e produtividade
maior. O produtor não
compra o insumo e o leva
para casa, mas adquire a
aplicação completa por
hectare, que é feita pela
própria cooperativa.
Mesmo que o produtor
adquira esses insumos
sem a contratação da aplicação, os custos são menores porque não se usa mais
embalagem. A comercialização é toda a granel.
Cálculos da Coopermibra indicam que, apenas
com embalagens, carregamento e descarregamento
das sacarias, a tonelada de
adubo tem elevação de
US$ 80 no Brasil. "Temos
que aprender muito em
termos de tecnologia",
afirma Nespolo.
(MZ)
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