Até a aprovação da fusão entre a Perdigão e a Sadia pelo Cade, a BRF (Brasil Foods) só fará investimentos para a manutenção das operações. No orçamento de 2010, a empresa deve destinar R$ 1 bilhão para investimentos. Sadia e Perdigão faturam juntas cerca de R$ 23 bilhões por ano.
"Até o Cade afirmar que a operação está aprovada, nós administramos duas empresas", afirma José Antonio do Prado Fay, presidente da BRF.
Segundo ele, hoje apenas a parte financeira da empresa está unificada. O balanço do terceiro trimestre do ano trará dados consolidados das operações da Sadia e da Perdigão.
O manejo da dívida da Sadia também já está sob administração da BRF. A expectativa de Fay é que todos os débitos da empresa sejam quitados ainda neste ano.
O endividamento líquido da Sadia é de cerca de R$ 6 bilhões, segundo o último balanço divulgado pela empresa. A BRF já captou R$ 5,2 bilhões em uma oferta de ações em julho para pagar a dívidas. "Fizemos entrevistas com 160 investidores externos. O interesse dos estrangeiros hoje por empresas brasileiras é impressionante", lembra Fay.
A expectativa de Fay é que o Cade julgue a fusão das empresas até março do ano que vem. O planejamento para a estruturação da BRF, no entanto, começou há 20 dias. A consultoria McKinsey foi contratada para montar o projeto.
"A ideia é colocar o plano em ação no dia seguinte ao julgamento do Cade", afirma Fay.
Segundo ele, o plano terá simulações para várias decisões possíveis do órgão.
Enquanto aguarda o julgamento do Cade, a rede de fábricas, fornecedores e distribuidores da Sadia e da Perdigão ainda funcionam separadas.
Com exportação de cerca de 45% da produção, as empresas ainda sentem a retração do mercado externo. No Brasil, as vendas continuam em expansão, mas em um ritmo menor. "Não conseguimos repetir o crescimento de dois dígitos que tínhamos no ano passado", afirma Fay.

Agência brasileira é criticada após comparar tsunami a 11 de Setembro

A ONG norte-americana WWF (World Wildlife Fund) "condenou fortemente" um anúncio que teria sido criado pela DDB, no Brasil, e que mostra uma série de aviões se dirigindo à Manhattan, em Nova York, com o dizer: "O tsunami matou cem vezes mais pessoas do que o 11 de Setembro".
De acordo com a WWF, o anúncio ("ofensivo e de mau gosto") foi proposto pela agência de publicidade para a divisão da ONG no Brasil e imediatamente recusado. "Ele nunca deveria ter visto a luz do dia", afirmou, em comunicado, a ONG sobre o anúncio que apareceu em uma série de sites e criou polêmica, especialmente nos Estados Unidos.

OTIMISMO
Apesar da queda de 9,6% na venda de veículos em agosto em relação a julho, as montadoras esperam um novo recorde neste ano. Até agosto, foram emplacados 1,993 milhão de carros. A expectativa do setor é superar 3 milhões de veículos vendidos no país neste ano, mais que os 2,8 milhões de 2008.

NOVA PRAIA
A Mormaii, de roupas e acessórios para surf, vai lançar uma linha de produtos para motociclismo. A nova linha recebeu investimento de R$ 2 milhões e será licenciada pela empresa Lucca Group.

RECEBÍVEIS
A Garson Factoring acaba de estruturar uma operação com recebíveis imobiliários no valor de R$ 200 milhões. O escritório Avvad, Osorio Advogados foi responsável pela assessoria jurídica da operação.

LATINO
Ricardo Marino, diretor-executivo do Itaú Unibanco para a América Latina, participa hoje do seminário "Doing Business in Latin America", promovido pelo Insper, em São Paulo. Ele vai falar sobre o cenário para o setor financeiro no pós-crise e o posicionamento do banco na América Latina.

EM OBRAS
A Brookfield investirá R$ 25 milhões na revitalização do Madureira Shopping, no Rio. A obra inclui mudanças na fachada, na praça de alimentação e substituição do ar condicionado. O projeto é dos escritórios de arquitetura Ricardo Julião e Callison.

RACIONAMENTO
A InfoSphera entra no mercado de TI com o foco no fornecimento de tecnologias com baixo consumo de energia. Com investimento de R$ 1,5 milhão, a empresa espera comercializar 8.000 equipamentos em 2009 e faturar R$ 18 milhões em um ano.

EMPATE

Itaú Unibanco e Bradesco empatam na liderança do ranking de sustentabilidade de bancos latino-americanos da consultoria Management & Excellence. As instituições receberam notas com base em 151 critérios de sustentabilidade, responsabilidade social e governança corporativa.