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São Paulo, quinta-feira, 02 de outubro de 2003

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MERCADO FINANCEIRO

Bovespa sobe 3,55% com fluxo de recursos de R$ 1,135 bilhão e valorização de ações no exterior

Estrangeiros dão à Bolsa 2ª maior alta do ano

DA REPORTAGEM LOCAL

Um fluxo de recursos de R$ 1,135 bilhão, principalmente vindo de investidores estrangeiros, fez a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) subir 3,55% ontem e atingir 16.578 pontos. Foi a segunda maior alta do ano em termos percentuais -só perdeu para a valorização de 3,62% registrada em 6 de janeiro.
Com isso, o mercado acionário se aproximou dos patamares de negócios registrados antes da semana passada, quando os investidores venderam papéis para embolsar lucros acumulados.
O movimento de ontem é explicado, em parte, pelo bom desempenho das Bolsas estrangeiras. Indicadores econômicos positivos divulgados ontem nos Estados Unidos impulsionaram o Dow Jones (2,09%) e o Nasdaq, índice que reúne ações de tecnologia (2,54%).
Outra razão para a procura por papéis brasileiros é a perspectiva de novas reduções da taxa de juros daqui para a frente, o que reduz a rentabilidade das aplicações em renda fixa. O interesse de investidores estrangeiros pelo Brasil também é ligado às baixas taxas de juros praticadas nos países desenvolvidos.
Boa parte do fluxo de ontem veio de bancos estrangeiros. As corretoras que mais atuaram comprando ações, segundo analistas, são as que negociam com instituições de fora.
Até o último dia 29, o saldo de investimentos externos na Bolsa de Valores de São Paulo estava positivo em R$ 806 milhões.
A alta do mercado foi generalizada. Das 54 ações que fazem parte do Ibovespa, apenas o papel preferencial da NET teve queda, de 1,6%. Todas as demais subiram. As maiores valorizações foram Telemig PN (7,4%), Cemig PN (6,8%) e Gerdau (6,4%).

Do lado oposto
Na contramão da alta da Bovespa, as expectativas de juros do mercado se reduziram mais um pouco ontem. As projeções do mercado futuro para a taxa de abril de 2004 fecharam em 18,12%, um pouco abaixo dos 18,15% registrados na última terça-feira. Segundo especialistas, os juros futuros devem continuar em queda.
Já o dólar comercial teve alta de 0,45% e fechou cotado a R$ 2,905. Mas, segundo analistas, a tendência é que a moeda se mantenha no patamar atual. O risco-país subiu 0,86% e foi a 704 pontos.


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