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MERCADO FINANCEIRO
Bovespa sobe 3,55% com fluxo de recursos de R$ 1,135 bilhão e valorização de ações no exterior
Estrangeiros dão à Bolsa 2ª maior alta do ano
DA REPORTAGEM LOCAL
Um fluxo de recursos de R$
1,135 bilhão, principalmente vindo de investidores estrangeiros,
fez a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) subir 3,55% ontem e
atingir 16.578 pontos. Foi a segunda maior alta do ano em termos
percentuais -só perdeu para a
valorização de 3,62% registrada
em 6 de janeiro.
Com isso, o mercado acionário
se aproximou dos patamares de
negócios registrados antes da semana passada, quando os investidores venderam papéis para embolsar lucros acumulados.
O movimento de ontem é explicado, em parte, pelo bom desempenho das Bolsas estrangeiras. Indicadores econômicos positivos
divulgados ontem nos Estados
Unidos impulsionaram o Dow Jones (2,09%) e o Nasdaq, índice
que reúne ações de tecnologia
(2,54%).
Outra razão para a procura por
papéis brasileiros é a perspectiva
de novas reduções da taxa de juros daqui para a frente, o que reduz a rentabilidade das aplicações
em renda fixa. O interesse de investidores estrangeiros pelo Brasil
também é ligado às baixas taxas
de juros praticadas nos países desenvolvidos.
Boa parte do fluxo de ontem
veio de bancos estrangeiros. As
corretoras que mais atuaram
comprando ações, segundo analistas, são as que negociam com
instituições de fora.
Até o último dia 29, o saldo de
investimentos externos na Bolsa
de Valores de São Paulo estava
positivo em R$ 806 milhões.
A alta do mercado foi generalizada. Das 54 ações que fazem parte do Ibovespa, apenas o papel
preferencial da NET teve queda,
de 1,6%. Todas as demais subiram. As maiores valorizações foram Telemig PN (7,4%), Cemig
PN (6,8%) e Gerdau (6,4%).
Do lado oposto
Na contramão da alta da Bovespa, as expectativas de juros do
mercado se reduziram mais um
pouco ontem. As projeções do
mercado futuro para a taxa de
abril de 2004 fecharam em
18,12%, um pouco abaixo dos
18,15% registrados na última terça-feira. Segundo especialistas, os
juros futuros devem continuar
em queda.
Já o dólar comercial teve alta de
0,45% e fechou cotado a R$ 2,905.
Mas, segundo analistas, a tendência é que a moeda se mantenha no
patamar atual. O risco-país subiu
0,86% e foi a 704 pontos.
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