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MUDANÇA
País reafirma em Washington intenção de liberar o yuan, mas não cita prazo
China diz que deixará câmbio fixo
DA REDAÇÃO
O governo chinês reafirmou
ontem a intenção de trabalhar para abandonar o regime de câmbio
fixo, após reunião com autoridades americanas em Washington.
O país disse que continuará a
"avançar com firmeza e persistência para um regime de câmbio flexível que seja baseado nos princípios do mercado", segundo um
comunicado conjunto de China e
EUA divulgado horas antes da
reunião do G7 na cidade.
Não foi, porém, mencionado
um prazo ou um cronograma para a mudança no câmbio.
A nota foi divulgada após encontro, no dia anterior, em Washington, das principais autoridades financeiras dos dois países,
entre eles Alan Greenspan e Zhou
Xiachuan, presidentes dos bancos
centrais dos EUA e da China.
A manutenção na China, há
mais de dez anos, de um câmbio
fixo do yuan em relação ao dólar é
apontada pela Casa Branca como
um fator que explica a competitividade dos produtos chineses nos
EUA e, consequëntemente, o desequilíbrio na balança comercial.
O déficit comercial americano
com a China foi o maior da história em julho e chegou a US$ 14,9
bilhões, ou 29,7% do rombo de
US$ 50,1 bilhões nesse mês.
A questão preocupa os analistas
porque pode afetar o desempenho da economia mundial e envolve dois dos "motores" do atual
momento de expansão.
Os EUA têm acumulado crescentes déficits nas contas externa
e interna, o que suscita dúvidas
sobre a sustentabilidade dos rombos. A situação pode levar à desvalorização do dólar e a uma alta
dos juros americanos, afetando
toda a economia mundial. O país
tem conseguido se financiar graças ao apetite de asiáticos pelos
papéis americanos.
Ao mesmo, chineses e japoneses aumentam suas reservas em
moeda estrangeira e se protegem
de eventuais instabilidades. Eles
também se beneficiam porque esse dinheiro "emprestado" serve
para sustentar o consumo americano por seus produtos.
Analistas dizem que o câmbio
fixo e o volume maior de reservas
em moeda estrangeira ajudaram a
estabilizar a economia chinesa.
Nos EUA, a questão ganhou
contornos eleitorais. O candidato
democrata à eleição, John Kerry,
afirma que George W. Bush (atual
presidente e candidato à reeleição) não foi duro o suficiente com
a China, o que teria resultado na
perda de empregos ao país.
Com agências internacionais
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