São Paulo, terça-feira, 02 de outubro de 2007

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Mercado da cafeteria no país é o quinto maior do mundo

DA SUCURSAL DO RIO

A empresária Maria Luisa Rodenbeck estava animada. A rede Starbucks no país, onde era diretora-executiva, completará um ano no Brasil em dezembro já ocupando o quinto lugar no ranking dos 40 mercados da marca em atendimento diário ao cliente. Em setembro, suas lojas registraram, ao todo, 500 mil vendas.
Duas novas lojas seriam inauguradas pela empresária neste mês: uma no shopping Três, da avenida Paulista, e outra na alameda Santos, que será a maior de rede, com 400 m2.
A rede somará, em menos de um ano, sete lojas no país -todas em São Paulo. Há projetos para expansão para o Rio de Janeiro, segundo a assessoria de imprensa da rede no Brasil.
A instalação da rede de cafeterias no país foi um investimento -ou aposta- de longo prazo. Em 1997, Rodenbeck bateu, sem ser convidada, na porta da sede da empresa em Seattle, EUA. Queria falar com o presidente da companhia, Howard Schultz, e propor a criação da marca no Brasil, tema de seu trabalho no curso de MBA recém-completado em Boston.
Dispensada pela secretária, Rodenbeck encontrou Schultz saindo do elevador. Foi convidada a conversar com o então responsável pela internacionalização da marca, Jilong Wang. Animado com o mercado asiático, ele afirmou que "ainda" não era o momento de explorar o mercado brasileiro.
"Todo ano mandava cartinhas", dizia a empresária. O trabalho ficou na gaveta até 2002, quando executivos da empresa passaram a sondar o mercado nacional. Só em 2006, nove anos depois da visita "informal" e de "cartinhas" sucessivas, a primeira loja foi inaugurada, no shopping Morumbi.
Formada em letras pela PUC (Pontifícia Universidade Católica) do Rio, há um ano passou a ter duas casas: trabalhava na capital paulista para, aos finais de semana, "escapar" para o Rio, sua cidade natal. Morreu em um táxi a caminho do aeroporto Santos Dumont, onde embarcaria para São Paulo.
Ela trabalhou como executiva da American Airlines. Atuou também na rede nacional do McDonald's e do Outback, ambas trazidas ao país por seu marido, Peter Rodenbeck, nas décadas de 80 e 90. Eles eram casados havia cerca de 20 anos. Ela não deixa filhos.


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