A Amec (Associação de Investidores no Mercado de Capitais) está em busca de grandes gestores estrangeiros para participar de sua diretoria. Walter Mendes de Oliveira, presidente da entidade, visitará, a partir de segunda-feira, grandes investidores de Nova York e Boston.
"O objetivo é apresentar o trabalho da Amec e convidá-los a participar da direção", diz Mendes, que também é responsável pela área de renda variável do Itaú Unibanco.
Na agenda, estão encontros com grandes administradoras de recursos como Blackrock e Batterymarch Financial Management, entre outros gestores.
A ideia é oferecer aos estrangeiros 2 das 14 vagas de diretoria. Administradores de fundos de pensão brasileiros também deverão ocupar duas vagas.
Mendes reconhece que a decisão pode provocar conflitos de interesse. "Foi uma dúvida inicial que tivemos, mas isso pode ocorrer com outros diretores que temos também", diz.
"Já houve caso em que um diretor representava investidores em determinada empresa que gerava algum tipo de questionamento ou em que algum associado tinha um pleito junto à CVM (Comissão de Valores Mobiliários)", acrescenta.
Nesses casos, os diretores se manifestaram e se abstiveram de votar, segundo Mendes.
"É o que deverá ocorrer, se tivermos diretores estrangeiros e de fundos de pensão envolvidos em alguma questão. Além disso, serão poucas diretorias, em um conjunto de 14."
Com os diretores estrangeiros, virão mais investimentos de fora, além da prática adquirida na defesa de pequenos investidores, estima a Amec.
"Lá, o desenvolvimento da governança corporativa e do respeito a investidores minoritários já ocorreu e os gestores podem nos passar essa experiência", segundo Mendes.

MAQUETE VERDE
O conceito de "prédio verde" no Brasil ainda tem muito a avançar, segundo Roberto Aflaflo, um dos sócios-diretores do escritório Aflalo & Gasperini Arquitetos, responsável por empreendimentos como o Eldorado Business Tower e o edifício sede da IBM em São Paulo. "Já temos alguns bons exemplos de projetos responsáveis, mas estamos muito longe do estado da arte. Há mais de 20 anos visitei alguns prédios na Alemanha, onde já havia tudo o que ainda se tenta praticar hoje no Brasil", afirma Aflaflo, cujo projeto da torre do Eldorado acaba de receber a certificação Platinum, do Leed (Leadership in Energy and Environmental Design), selo verde mais disputado no mercado da construção civil hoje no mundo. A avaliação abrange elementos como impacto da obra, origem dos materiais, existência de vagas para veículos de combustível alternativo, maximização do uso de luz natural e minimização de gasto de energia com ar condicionado.

MACA
É de 6.500 o total de ações impetradas por operadoras de planos de saúde contra a ANS questionando a lei que exige o ressarcimento ao SUS caso seus beneficiários utilizem os serviços de instituições integrantes do sistema público de saúde. De acordo com a lei, as operadoras devem ressarcir os órgãos do SUS pelas despesas realizadas no atendimento dos seus beneficiários nos limites de cobertura previstos nos contratos.

ENERGIA
Edison Lobão (Minas e Energia) participa do seminário Energia Nuclear - Desmistificação e Desenvolvimento, proposto pela Eletronuclear com o apoio da Eletrobrás e coordenado pelo economista Miguel Colasuonno. O evento será realizado hoje, na Associação Comercial do RJ. José Luiz Alquéres (ex-Eletrobrás) e agentes do mercado de capitais também participarão.

SACOLA 1
A maioria dos shopping centers pretende manter seu quadro de pessoal em 2009 e em 2010, segundo pesquisa da PricewaterhouseCoopers encomendada pela Abrasce (associação do setor), que será divulgada hoje. Segundo a pesquisa, 18% das empresas do setor vão reduzir a equipe em 2009 e 4% em 2010. Foram consultados 94 shopping centers de todo o país.

SACOLA 2
O estudo da Abrasce também mostra as práticas de gestão de pessoas nos shopping centers. Não há um processo estruturado de gestão de talentos em 82% deles. E nenhum possui um plano de carreira bem definido, segundo a pesquisa. A remuneração variável é adotada pela maioria deles, principalmente o pagamento de bônus executivos e participação sobre lucros e resultados. Dessas ações, 94% são de curto prazo.

RARIDADE
Um livro com um relato de 1640 sobre o Brasil holandês terá lance mínimo de R$ 17 mil no 12º Leilão de Livros Raros e Papéis Antigos, que a Fólio Livraria, especializada em antiguidades, promoverá amanhã, em SP. A obra foi escrita pelo holandês Johan Nieuhof, que fez parte do serviço da Companhia das Índias Ocidentais. Entre as raridades do leilão está também um obra de Mario de Andrade sobre música brasileira, a partir de R$ 9.000.